Educaci贸n Brasil S茫o Paulo, S茫o Paulo, Viernes, 11 de junio de 2010 a las 13:45
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A leitura na universidade e o livro digital em debate

Novas m铆dias t锚m potencial para ampliar significativamente o n煤mero de leitores

Sabine Righetti/ComCiência/Labjor/DICYT - Os estudantes estão lendo menos e as bibliotecas de escolas e de universidades estão cada vez mais vazias. Por outro lado, as formas de acesso à leitura, por meio dos livros digitais e de bibliotecas virtuais, têm potencial para ampliar significativamente o número de leitores. Esse é o foco dos debates da XXIII Reunião Anual da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), que começou nesta segunda-feira, 07, e que segue até quinta-feira, 10 de junho. O evento vai reunir especialistas, acadêmicos, estudantes, editores e demais interessados no auditório da Editora Unesp para discutir a leitura na universidade e o livro digital.

 

O Secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, Carlos Vogt, que participou da mesa de abertura, destacou que o distanciamento do jovem da leitura é simultâneo às novas formas de acesso à leitura. “Há grandes instituições interessadas na circulação de livros: editoras, livrarias, grandes projetos de bibliotecas a disponibilizar a forma de acesso”, afirmou. Para ele, estamos vivendo um período de expansão do formato eletrônico de leitura, sem que o livro no formato de papel se extingua. “O livro tradicional convive hoje com novas formas de circulação dos conteúdos e dificilmente isso levará ao desaparecimento da forma tradicional do livro. O livro eletrônico traz uma ampliação das possibilidades de pesquisa”, disse.

 

No mesmo sentido, o Secretário Municipal de Cultura de São Paulo e professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), Carlos Augusto Calil, revelou ter observado um esvaziamento das bibliotecas nas universidades. “A questão da leitura tem sido um problema que se agrava ao longo do tempo. Cada vez mais os alunos preferem pesquisar na internet a buscar livros na biblioteca”, disse. Por outro lado, o interesse pelo livro permanece: “Temos um projeto de ônibus-biblioteca que promovem um grande interesse quando chegam à periferia de São Paulo”.

 

Para a presidente da Associação Brasileira de editoras universitárias (ABEU), Flavia Goulart Mota Garcia Rosa, as mudanças nas formas de leitura e de pesquisa na atual sociedade do conhecimento são grandes e as editoras universitárias precisam acompanhar o ritmo. “Precisamos estar atentos às novas tecnologias possibilitadas pela Sociedade do Conhecimento. Os questionamentos são muitos, pois envolvem o acesso e a distribuição dos livros”, disse.

 

O diretor-presidente da Fundação Editora da Unesp, José Castilho Marques Neto, que sedia o evento, reforçou a importância das editoras universitárias que, na opinião dele, “devem falar com o mundo e não apenas com o público universitário”. Ele destacou que é importante que as editoras universitárias respeitem regras mercadológicas e de distribuição, que faça ações de marketing: “queremos ser lidos”. No entanto, ele destacou que a função das editoras universitárias é também “formar os estudantes”.

 

O evento “A leitura na universidade e o livro digital” conta ainda com uma Feira de Livros com exemplares de cerca de cem editoras universitárias de todo o país. A programação está disponível no link: http://www.editoraunesp.com.br/abeu2010/