Salud Brasil Campinas, São Paulo, Viernes, 04 de octubre de 2013 a las 16:34
Estudo

Alcoolismo e transtornos alimentares podem ter origem genética semelhante

Entre as mulheres que procuraram ajuda para dependência alcoólica, 36% tinha compulsão por comida e 26% se encaixava em alguma categoria de distúrbios alimentares.

Júlia Melare/Labjor/ComCiência/DICYT Estudo publicado na edição de setembro do Journal of Studies on Alcohol and Drugs afirma que pessoas com dependência de álcool podem ser geneticamente mais suscetíveis a certos tipos de transtornos alimentares - e vice- versa. Até então, sabia-se que as mulheres que sofrem de compulsão por comida ou forçam hábitos de purgação têm mais probabilidade de desenvolverem problemas com abuso de álcool, mas não era conhecida nenhuma relação genética nesse resultado.

 

Uma equipe de pesquisadores da Washington University School of Medicine e mais duas universidades australianas realizou testes com cerca de 6 mil gêmeos adultos, entre fraternos e idênticos, para analisar os fatores genéticos que poderiam ser a base do alcoolismo e transtornos alimentares, como a bulimia ou abuso de laxantes. De acordo com Melissa Munn-Chernoff, uma das pesquisadoras-chefe da pesquisa, estudos com gêmeos ajudam a eliminar as hipóteses de interferência do ambiente nos comportamentos em questão, devido a sua semelhança genética.

 

Entre as mulheres que procuraram ajuda para dependência alcoólica, 36% tinha compulsão por comida e 26% se encaixava em alguma categoria de distúrbios alimentares. Porém, ainda não está claro exatamente quais genes estão envolvidos nessa relação. Por enquanto, os resultados enfatizam que a dependência de álcool e estes sintomas de transtorno alimentar compartilhar algumas raízes similares. "Nós precisamos estar cientes de que esses problemas podem ocorrer juntos, em ambos os homens e mulheres. Assim, quando os profissionais da saúde atenderem uma pessoa com um problema com álcool, eles podem perguntar sobre compulsão e purgação sintomas, ou vice- versa , algo que , neste momento, não é feito rotineiramente”, segundo Munn - Chernoff .

 

Segundo ela, é importante continuar estudando os fatores de risco genéticos distúrbios de álcool e alimentares. "Se pudermos entender melhor os fatores de risco, podemos compreender melhor como tratar esses transtornos".