Alimentación España , Soria, Viernes, 20 de diciembre de 2013 a las 10:05

Controle online de gases de efeito estufa em florestas

Um projeto nacional cria uma plataforma software para o monitoramento das emissões e absorções de carbono

Cristina G. Pedraz/DICYT Pesquisadores de Cesefor, Dimap e Engenheiros Assessores desenvolveram uma plataforma software cujo fim é controlar as emissões e absorções de gases de efeito estufa (GEE) em florestas. O projeto, concluído recentemente, faz parte do Programa Avança Competitividade PD&I do Ministério de Industria, Energia e Turismo.

 

A iniciativa, denominada Ecommontech, surgiu de um projeto anterior desenvolvido pelos mesmos sócios em que se concebeu a instalação de sensores em florestas. “Com os resultados desse primeiro projeto vimos que existia a necessidade de utilizar sensores para monitorar temas de mudança climática e do Protocolo de Quioto”, explica à DiCYT o pesquisador de Cesefor, Iñigo Lizarralde.

 

Especificamente, existem dois tipos de projetos associados aos requerimentos do Protocolo de Quioto: os MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo) e os Red Plus. “Os MDL são para países que firmaram o Protocolo de Quioto e têm a obrigação de medir suas emissões. Estes países devem compensar suas emissões com projetos deste tipo, que podem ou não ser florestais. Os projetos florestais não tiveram muito sucesso e criou-se um novo tipo de projeto denominado Red Plus, que pretende reduzir as emissões para evitar a deflorestação e a degradação florestal, ao invés de criar novas florestas, como os MDL”, detalha Lizarralde.

 

A plataforma Ecommontech permitiria realizar um rastreamento do carbono online, o que representaria um importante avanço. “Trata-se de uma plataforma piloto para comprovar que a tecnologia funciona e que é possível monitorar o carbono, o objetivo final é que ao invés de ir ao campo para ver se a massa florestal continua ali ou não e fazer um inventario, que é muito caro, seja possível comprovar o carbono a partir de casa com os algoritmos que criamos”, assegura o pesquisador, detalhando que para esta experiência piloto tomou-se como referencia uma floresta da área de Urbión.

 

Tecnologias utilizadas

 

O projeto, desenvolvido durante três anos, baseia-se em quatro tipos de tecnologias. As primeiras, teledetecção e Sistemas de Informação Geográfica (SIG), permitem obter imagens de satélite atualizadas das zonas que estão sendo monitoradas, bem como elaborar mapas com informação detalhada. A segunda, o sensoriamento, consiste na instalação de sensores capazes de estimar a temperatura, a umidade e, principalmente, as concentrações de carbono (CO) presentes em uma área da floresta.

 

A terceira, a tecnologia florestal, utiliza sistemas não destrutivos para medir o diâmetro das árvores a cada altura. “Utilizamos uma ferramenta criada no Cesefor há alguns anos, denominada Cubifor, capaz de calcular a quantidade de carbono existente nestas árvores introduzido dados de seu volume”, afirma Lizarralde. Finalmente, utilizam as telecomunicações para vincular todos os sistemas entre si, e para conecta-los por sua vez a um receptor com Internet para que o usuário possa ter acesso online, em tempo real, e de forma remota aos dados coletados na plataforma.

 

Ainda que o projeto tenha sido concluído, o objetivo dos pesquisadores é continuar avançando na iniciativa. “Os algoritmos foram elaborados para a área de Urbión, mas se quiséssemos transferi-los a outra área florestal possivelmente seria necessário coletar novos dados e calibrar o modelo”, conclui.