Tecnología Brasil Campinas, São Paulo, Jueves, 03 de marzo de 2011 a las 13:35
Tecnologia

Em entrevista à ComCiência, Silvio Meira fala sobre o Porto Digital de Recife que, com apenas dez anos de existência, é referência em tecnologia da informação.

ComCiência/Labjor/DICYT Presidente do Conselho de Administração do Porto Digital de Recife há dez anos, Silvio Meira é um entusiasmado pelo seu trabalho. Além de professor titular de engenharia de software do Centro de Informática da u niversidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), ele é presidente do Conselho Gestor do Porto Digital em Recife. É também membro de vários conselhos e comissões na área de tecnologia da informação, colunista e comentarista em rádio e jornal, blogueiro e batuqueiro de maracatu.

 

ComCiência - O Porto Digital, no Recife, é definido como um Arranjo Produtivo de Tecnologia da Informação e Comunicação, com foco no desenvolvimento de software. Como surgiu essa ideia de criar esse arranjo produtivo em Recife?

Silvio Meira - O Porto Digital foi uma conjunção de muitas coisas que já existiam. Em meados da década de 1980, constatou-se que havia em Recife um conjunto de pré-condições para a instalação de um polo na área de tecnologia da informação. É preciso ressaltar que Pernambuco tem duas das dez mais antigas empresas de software no Brasil. Assim, tínhamos empresários do setor de tecnologia da informação de Pernambuco, alguns muito antigos, e novas empresas, que se articulavam a partir de competências criadas pelas instituições de ensino na área de ciência da informação, primeiro no Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e depois em várias outras como a rural Universidade Federal Rural de Pernambuco, a estadual Universidade de Pernambuco e a católica Universidade Católica de Pernambuco. Paralelamente, tinha-se também a percepção dos agentes de políticas públicas, do Estado e do terceiro setor, de que havia oportunidade para se criar um polo aglutinador para a indústria de tecnologia da informação de Pernambuco. E, finalmente, e no topo de tudo, havia uma percepção de pessoas do serviço público de que aglomerar indústria em torno de algo como um parque ou um polo de tecnologia, podia servir como mecanismo para re-invadir o centro de Recife.

 

ComCiência - Mas por que o centro de Recife? A maioria dos parques tecnológicos, tanto no Brasil como em outros países, situa-se na periferia de cidades ou dentro de um campus universitário.

Silvio Meira - Pois é, o centro de Recife é um lugar problemático, como todo centro de grande cidade do mundo. E o centro de Recife tem grande valor histórico, pois é o lugar onde a cidade nasceu, onde Nassau invadiu Pernambuco, de onde nós expulsamos Nassau, é onde foi construída a primeira sinagoga da América Latina, onde foi construída a primeira ponte da América Latina... É um lugar de valor histórico, cultural, urbanístico, arquitetônico muito forte. Mas esse centro tem um problema: lá está o porto e o porto de Recife se acabou, num processo que começou na década de 70 do século passado e se acabou completamente por volta da metade da década de 90. Percebeu-se que havia um valor urbanístico nisso de criar um polo de tecnologia e tentar aglutinar as indústrias e centros de inovação no centro da cidade de Recife. Pois uma indústria de conhecimento baseada em tecnologia da informação, que é só gente, é uma indústria limpa, que ocuparia de volta o lugar ou que ajudaria significativamente a ocupar o lugar com a dinâmica do setor privado, com a dinâmica do setor de software, que é uma dinâmica muito rápida e de grande potencial. Isso que foi pensado em 1998 -1999, e começou a ser feito em 2000.

 

ComCiência - Pois é, o Porto Digital de Recife comemorou em 2010 seus primeiros dez anos de vida e, a julgar pelas notícias, são dez anos de muito trabalho e de importantes realizações. O que o Porto Digital representa hoje em termos de desenvolvimento local?

Silvio Meira - Por meio dos empresários que se instalaram, o Porto Digital já recuperou mais de 50 mil m2 de prédios numa região histórica onde ainda há um número assustador de prédios que estão, como se diz aqui no Recife, em petição de miséria. Estão literalmente caindo, interditados por ação do Ministério Público. Na ilha ainda há uma quantidade gigantesca de prédios que estão em estado catastrófico. Para se ter uma ideia, na década de 70 a ilha foi em parte favelizada. No centro histórico do Recife, dentro do Porto, havia uns armazéns que foram derrubados, e no lugar deles não foi construído nada. Numa parte do centro de Recife – no centro mesmo, como se fosse a Candelária no Rio de Janeiro ou na Praça da República em São Paulo – existe uma comunidade que tem o menor IDH Índice de Desenvolvimento Humano da cidade. Nessa comunidade, situada em frente ao prédio da administração municipal, a prefeitura está investindo em requalificação urbana.

 

ComCiência - Quer dizer que houve uma intenção deliberada, por parte dos criadores do Porto Digital, de recuperar o centro de Recife em termos urbanísticos, arquitetônicos e culturais?

Silvio Meira - Sim, isso foi intencional, isso foi planejado. Mas, diga-se de passagem: no começo eu era contra. No começo eu estava profundamente envolvido com a universidade e o C.E.S.A.R., que estava dentro da UFPE. E a minha ideia pessoal era de que, em vez de querer recuperar o centro de Recife, – que para mim era um problema enorme, que eu sempre disse que era uma área histórica, uma área tombada –, devíamos fazer isso na universidade, junto do campus da universidade. Chegamos a fazer um projeto de duas torres, de 20 andares, que criariam uma área de 40 mil m 2 na universidade. Essa proposta chegou a ser discutida internamente. Mas eu fui convencido por Claudio Marinho, secretário de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, um urbanista, uma pessoa extremamente humanista, muito mais consciente do que eu, pelo menos na época, sobre o valor do território urbano, sobre a importância da renovação, sobre a importância de trazer as pessoas de volta para o centro da cidade, de recondicionar o centro urbano. E aí, numa reunião numa praça no centro histórico de Recife, no fim de 1999, eu disse para o Claudio: “está bem, você venceu. Vamos fazer no centro de Recife. Eu vou mudar de ideia, vou pular de cabeça nessa proposta e vou trabalhar com todas as minhas forças para ela dar certo”. Porque ali, naquela reunião eu comecei a ver que o Claudio tinha um conjunto de argumentos que eram muito mais fortes do que os meus. Ele nos convenceu e nós nos tornamos até mais radicais na defesa dessa ideia, como não podia deixar de ser, pois os cristãos novos são sempre mais radicais risos.

 

ComCiência - Como são os investimentos para o Porto Digital? Existem recursos públicos aplicados diretamente ou é apenas redução de impostos para as empresas?

Silvio Meira - O investimento da prefeitura é todo indireto, por meio da desoneração de impostos. As empresas de informática que se instalam na ilha, que é o centro de Recife, têm 60% de abatimento no ISS Imposto Sobre Serviços – imposto pago por indústrias de software – com o compromisso de aumentar o faturamento baseado no aumento da qualificação, da certificação e da competitividade de pessoas e de empresas instaladas no Porto Digital. Assim, a cidade do Recife hoje recebe muito mais imposto do setor de software do que em 2000. Ou seja, o setor produtivo é menos taxado, mas paga mais imposto porque aumenta o seu faturamento.

 

O estado de Pernambuco investe de forma direta e indireta. O Estado entra com contrapartidas em projetos por meio dos quais o Núcleo de Gestão do Porto Digital capta no país e, em alguns casos, no exterior. Além disso, o Estado cedeu um prédio ao Porto Digital por 10 anos cuja rentabilidade mobiliária financia ações do Porto Digital, como, por exemplo, remunerar gerentes, pessoas que trabalham na articulação do Porto Digital, no marketing, no treinamento, na capacitação etc. Tem-se também recursos diretos do Sebrae Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, extremamente importantes na inovação, na criação de um novo negócio, no empreendedorismo; recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia; do Ministério da Cultura, porque o Porto Digital também articula diversas ações na direção da economia criativa; do Ministério da Integração Nacional; da Finep Financiadora de Estudos e de Projetos, porque o Porto Digital é um parque tecnológico, é uma incubadora de empresas. Mas, mais do que tudo isso, tem-se os investimentos dos empresários e empreendedores.

 

ComCiência - É possível se ter uma ideia de quantas empresas e quantas pessoas estão atualmente envolvidas diretamente com as atividades do Porto Digital?

Silvio Meira - Eu tenho dados, que acabaram de sair ontem 3 de fevereiro de 2011, não foram publicados ainda e eu vou te passar em primeira mão: no Porto Digital de Recife em dezembro de 2010, tínhamos 170 empresas, com 700 milhões de reais de faturamento, 6.000 colaboradores e 450 empreendedores, ou seja, de 2-3 empreendedores por empresa. Se tomarmos por base o dado anterior que tínhamos, em dezembro de 2008 eram 140 empresas, com 450 milhões de reais de faturamento, e 4.000 colaboradores. E isso com o ano de 2009, que foi uma catástrofe do ponto de vista dos negócios, quando a indústria brasileira como um todo diminuiu de 7 ou 8%, dependendo do segmento.

 

ComCiência - O Porto Digital é hoje uma realidade. O senhor nos mostrou sua importância para o desenvolvimento local, mas essa importância é também regional, para Pernambuco e para o Nordeste, não?

Silvio Meira - Eu acho que podemos afirmar isso sim. O Porto Digital tem importância regional porque atrai muita gente na região para trabalhar no Recife. Dessas 6.000 pessoas que trabalham no Porto Digital atualmente, podemos contar que seguramente umas 2000 não são daqui, vieram para cá. Isso porque, em todo processo de pico de desenvolvimento, quando se induz a aceleração do desenvolvimento de algum lugar, atrai-se muita gente de fora porque se cria um conjunto de picos de oferta de trabalho com o qual as regiões ao redor não conseguem competir. E isso cria um influxo muito grande de capital humano. Eu acho que o Porto Digital hoje, pela forma como foi feito, é uma política pública de estado e de cidade. Está localmente codificado e aprovado pela Assembléia Legislativa e pelo governo do estado de Pernambuco, bem como pela Câmara de Vereadores e pela prefeitura da cidade de Recife.

 

Mas, eu acho que podemos ser mais radicais. Há muito Recife tem uma competência instalada em tecnologia da informação e forma gente, que acaba indo trabalhar na Microsoft nos Estados Unidos, na Nokia na Finlândia, para citar apenas dois exemplos. Esses lugares são picos mundiais de competência, nos seus cenários econômicos ou tecnológicos. Essas pessoas, pelo reconhecimento de suas competências nos lugares para onde vão, passam a apontar de volta para os lugares de onde vieram. Ou seja, saem daqui para Finlândia, por exemplo, e depois apontam de volta para cá. E aí, projetos na Finlândia acabam sendo contratados e feitos aqui em Recife. Tem pessoas aqui que vão para a Sony dos Estados Unidos e de repente subcontratam empresas do Porto Digital para fazer grandes projetos de jogos. Essa é uma das peculiaridades do que poderíamos chamar de vai e vem tecnológico internacional. Esse movimento valioso, de recuperação e de trocas globais, aconteceria com intensidade muito menor se as pessoas só ficassem aqui em Recife.

 

ComCiência - Como se dá a gestão do Porto Digital?

Silvio Meira - Logo após a criação do Porto Digital foi criada uma legislação, que transformou o Porto Digital em política pública, e um órgão chamado Núcleo de Gestão do Porto Digital, uma OS Organização Social, para gerir o espaço e criar o melhor ambiente de negócio de tecnologia da informação da América Latina.

 

ComCiência - Tem havido (ou houve) resistência de algum setor para a implantação do Porto Digital?

Silvio Meira - Muitos obstáculos existiram e continuam a existir. O processo de desenvolvimento de um sistema local de inovação, como o Porto Digital, é interpretado por uns como um parque tecnológico urbano, e estão certos de fazer isso. Mas, do nosso ponto de vista, é um sistema local de inovação, quero dizer, é um modelo de re-desenvolvimento, de re-encontro de uma parte da cidade com um futuro potencial com o qual talvez ela nunca tenha pensado. Nós estamos pensando em novos modelos de negócio, estamos pensando não só em empresa de tecnologia, fazendo tecnologia das mais limpas do mundo, mas em novos modos de viver o centro da cidade. Quando olhamos para a história mundial de parque tecnológico é sempre uma ação estruturante, de política pública, com financiamentos muito grandes e de muito longo prazo – que é uma coisa que não ocorre no Brasil – e com uma perspectiva de tempo de maturação muito longa – que também é uma coisa que não estamos acostumados a pensar no Brasil. O horizonte de desenvolvimento e de estabilização de um parque tecnológico é normalmente de uns 25 anos. Então, quando vemos a Sicília, ou o parque ao redor de Cambridge, ou o cinturão ao redor de Boston, ou mesmo o Silicon Valley, não são parques; são regiões de inovação. No Japão, ao redor de Tsukuba, na Coreia, na China, em Taiwan, temos regiões que levam um quarto de século para criar empresas âncoras, que por sua vez irrigam empresas pequenas.

 

Nós, no Porto Digital, estamos no fim da primeira década de um processo que interpretamos como sendo de um quarto de século. Vamos saber se Porto Digital deu certo ou não e a que ele veio e o que ele fez ao redor de 2025, quando ele terá passado por quatro ou cinco transições de governo estadual, municipal, federal; quando as empresas terão se estabelecido no lugar, quando o papel do Estado será bem menos relevante do que é hoje, quando as figuras de proa que propuseram, incentivam e tocam o negócio, tiverem sido substituídas. Eu, por exemplo, sou presidente do conselho do Porto Digital há 10 anos, investindo meu tempo, meu conhecimento, minhas conexões nesse negócio, assim como muitas outras pessoas. À medida que a primeira geração de empreendedores sociais for substituída – por necessidade, por cansaço, por aparecimento de uma nova leva de empreendedores – e que os governos passarem a tratar o Porto Digital não mais como uma instância temporal, mas como parte do cenário, como uma política pública com dois pês maiúsculos, uma política de Estado e não de um partido, aí então poderemos saber o que aconteceu. Mas precisamos esperar. O Brasil não é um país para principiante, não é um país para amador. É um país para profissionais que estão dispostos a tratar o negócio no longo prazo.

 

ComCiência - O senhor mencionou seu envolvimento, desde a criação, com o Porto Digital e com o C.E.S.A.R.; o que é o C.E.S.A.R.? Qual a importância dele no contexto do Porto Digital?

Silvio Meira - O C.E.S.A.R. é um instituto de inovação criado a partir da ideia de um conjunto de professores do Centro de Informática da UFPE, cujo papel original, e que depois transcendeu muito a isso, era criar relevância econômica para o trabalho que fazíamos. O C.E.S.A.R. foi criado numa época em que um grande número de alunos que se formava na UFPE acabava indo para fora de Recife. Nesse cenário, criou-se uma instituição cujo objetivo era atrair para Recife os problemas de um grau de complexidade que estavam atraindo os nossos alunos para fora de Recife. Ao fazer isso, tínhamos dois objetivos: manter aqui uma proporção maior de nossos alunos (nós sabíamos que não íamos manter todos) e atrair para Recife ex-alunos de outros lugares que poderiam identificar aqui problemas complexos o suficiente para eles trabalharem. Há menos de cinco anos, o C.E.S.A.R. tinha menos de 10 clientes. Hoje são mais de 50 com cerca de 100 projetos. São projetos de inovação para clientes de todo o Brasil, da Coreia, da Europa, dos Estados Unidos, da China. Hoje somos cerca de 500 pessoas trabalhando no C.E.S.A.R. propriamente dito e mais duzentas e poucas pessoas trabalhando numa fábrica de software chaTítulo internomada Pitang.com – de pitanga – de propriedade do C.E.S.A.R.. Quando começou o Porto Digital, o C.E.S.A.R. saiu paulatinamente da UFPE e hoje está totalmente instalado no Porto Digital. A interpretação do C.E.S.A.R. é que inovação se aprende, se testa, se tenta, se faz e se ganha dinheiro no mercado. Inovação não se faz na universidade. Inclusive, inovação em centros de informação isolados do mercado é ficção científica.

 

ComCiência - Em que o prêmio "Faz Diferença" do jornal O Globo, com o qual você foi recentemente contemplado, pode contribuir para consolidar o Porto Digital?

Silvio Meira - Todos nós temos necessidade de personalizar um determinado número de coisas no imaginário socioeconômico, cultural, político etc. Para mim o prêmio é o reconhecimento do trabalho de milhares de pessoas do Porto Digital, da UFPE, do C.E.S.A.R.. É um incentivo gigantesco para essas pessoas todas continuarem fazendo o que estão fazendo de uma forma muito mais intensa, muito mais competente, muito mais competitiva no cenário nacional e internacional. Para mim o que o prêmio representa é a recompensa e remuneração psicológica, quase que ideológica, para um conjunto muito grande de pessoas que há muito tempo vêm tentando fazer da periferia um novo centro, sem deixar de ser periferia. Eu não sinto como se o prêmio fosse meu. Nunca senti. Eu nunca trabalhei para ganhar aplauso ou para ganhar prêmio. Eu digo isso de uma forma muito tranquila. Acho que prêmios são efeitos colaterais de um trabalho, no qual podemos agregar muita gente, até sem querer. Às vezes, as pessoas dizem: “escuta aqui esse negócio que vocês estão fazendo aí é radical demais, eu não quero participar disso”. Tem um número suficientemente grande das empresas de tecnologia da informação no Recife que ainda não fazem parte do Porto Digital; preferem ficar do lado de fora e pagar mais imposto, porque acham que não compensa mudar. É um processo no qual ainda estamos trabalhando. Mas quando se olha para 2000, quando o Porto Digital começou, éramos 3 ou 4 empresas. Hoje somos 170. Não estamos falando de uma nem duas. Tenho certeza que eu não fui indicado para o prêmio “Faz Diferença” porque eu sou Silvio Meira. Mas porque eu estava lá junto com as pessoas, olhando para esse negócio do Porto Digital, olhando para uma espécie de desenvolvimento de mundo, de uma forma totalmente diferente do que se propôs até aqui. E ainda bem que isso está acontecendo agora. Durante muito tempo Pernambuco ficou pensando em indústria e na falta da indústria que perdemos. Pernambuco já foi um lugar industrialmente muito denso e por muito tempo. Essa indústria está voltando, mas codificada de outra forma. O cenário que estamos trabalhando no Porto Digital é o de indústrias criativas, centradas em conhecimento, sofisticada, complexa, e que sabemos fazer. Durante décadas formamos pessoas para fazer isso aqui. Nós estamos apontando para o futuro!