Salud España , Ávila, Miércoles, 30 de junio de 2010 a las 19:06

Especialista destaca contribuição do resveratrol presente no vinho para a prevenção do risco cardiovascular

Curso de verão da UNED analisa as propriedades benéficas do jamón ibérico e do vinho tinto sob o marco da dieta mediterrânea

MEG/DICYT “Beber duas ou três taças de vinho por dia ajuda a prevenir o risco cardiovascular”, em um momento em que a cardiopatia isquêmica (doenças coronarianas) se situa como a primeira causa de mortandade na Espanha, à frente do câncer. São as explicações da professora Coral Calvo, diretora do curso de verão da UNED “Vinho e jamón ibérico na cultura mediterrânea: degustação e propriedades nutricionais”, um apetitoso título para um interessante seminário que esta semana aproxima a 28 alunos os aspectos nutricionais do jamón e sua união com o vinho, ao mesmo tempo que lhes oferece noções básicas de iniciação à degustação.

 

Coral Calvo, professora de nutrição e dietética, falou sobre a contribuição de alimentos como o vinho tinto (à frente do branco) e do jamón ibérico a “padrões de alimentação saudáveis” na linha da dieta mediterrânea, um termo surgido a partir de um estudo publicado na década de sessenta por Ancel Keys, que assegurava que os países mediterrâneos tinham uma menor taxa de morte por doenças cardiovasculares que outro países do norte da Europa. “O binômio alimentação-saúde é absolutamente indissociável, um padrão inadequado conduz seguramente a uma má saúde”, assegurou.

 

Neste contexto, o composto estrela do vinho e das uvas é o resveratrol, que com seu efeito antioxidante “ajuda a frear os radicais livres” fazendo-se de “barreira” frente à oxidação biológica do organismo, algo que já é vendido em cápsulas como um anti-envelhecedor celular. Insistiu também em que “nem todo mundo pode beber vinho” (somente adultos saudáveis) e em que, em caso de abuso, podem ser geradas doenças. Qual é quantidade adequada ao dia? “Duas ou três taças, uns 125 mL ao dia”, afirmou, algo menos para as mulheres, por seu metabolismo.

 

O jamón ibérico também “possui uma relação direta com a saúde”, neste caso através de seus ácidos graxos monoinsaturados, que “se comportam como o azeite de oliva”, sublinhou Coral Calvo, quem a toda esta química e racionalidade adicionou outras idéias, a do prazer: “É necessário desfrutar do que se come”, insistiu. Pôs-se a favor do equilíbrio e da regularidade (a dieta das 1.500 calorias como uma média da semana) e desmitificou coisas como que o pão engorda.

 

A professora também lançou uma advertência, “estamos vendo uma inversão da pirâmide nutricional” por estar deixando-se de lado alimentos como batatas, pão ou legumes em favor de uma dieta hiper-protéica, hiper-gordurosa e hiper-calórica.