Educación España , León, Martes, 26 de mayo de 2015 a las 18:57
INESPO II

Grupo de investigação espanhol analisa a gestão do conhecimento pelos estudantes universitários

O Grupo de Investigação de Excelência ‘Didática, Inovação e Qualidade’ da Universidade de León (Espanha), dirigido pela professora catedrática Isabel Cantón Mayo, analisou, por exemplo, a gestão do conhecimento pelos estudantes de Educação

Cristina G. Pedraz/DICYT O Grupo de Investigação de Excelência ‘Didática, Inovação e Qualidade’ da Universidade de León (Grupo “Didáctica, Innovación y Calidad”, ULE), adscrito ao Departamento de Didática Geral, Específica e Teoria da Educação e dirigido pela professora catedrática Isabel Cantón Mayo, investiga em uma linha focada na gestão do conhecimento por parte dos estudantes universitários.


Como explica a DiCYT a Profa. Cantón Mayo, a gestão do conhecimento é uma ferramenta poderosa para entender o próprio modelo de aprendizagem e conhecimento. “Pensamos que o conhecimento requer quatro componentes básicas: dados, informação, pessoas e contexto. Nesse sentido, a gestão do conhecimento leva de forma diferente a visão da gestão, aceitando que o conhecimento não se pode gerir como outros recursos, devem-se possuir habilidades específicas”, explica.


Assim, pode-se inferir que os alunos “sabem mais coisas do que eles pensam que sabem”, mas “nem sempre utilizam bem os seus próprios conhecimentos”.


Esta linha de investigação do Grupo de Excelência Didática, Inovação e Qualidade da ULE concentra-se em saber como se administra o conhecimento com o objetivo último de otimizar essa gestão. “Todos gerimos o nosso conhecimento, para melhor ou pior, mas havemos de saber como o fazemos para melhorá-lo”, sublinha a especialista.


Existem diferentes tipos de conhecimento como o adquirido, o armazenado, o partilhado ou o oculto, e com eles tentamos chegar à realização de uns dados fins. Trata-se de utilizar da melhor maneira o conhecimento explícito e implícito que possui e adquire cada indivíduo para atingir aqueles objetivos.


“Por exemplo, um graduado em Educação que tenha o objetivo de passar um concurso público (para professor) põe em andamento vários recursos que lhe permitam tirar o máximo partido do que aprendeu na universidade: verifica os seus livros e notas, compara-os com os conteúdos oficiais do concurso, comprova se o pode preparar sozinho ou tem de procurar a ajuda de uma academia ou explicador, treina-se no tipo de provas e exercícios dos concursos anteriores, faz cursos de aperfeiçoamento a somarem pontos extra no concurso público, etc. E tudo isso irá levá-lo ao aprovado, que e a sua finalidade”, ilustra Cantón Mayo.


A gestão dos alunos de Educação


Assim, uma das áreas específicas que o grupo está a investigar é a gestão do conhecimento por parte destes alunos de Educação porque esses estudantes devem administrar uma grande quantidade de conhecimentos ao longo da sua vida, primeiro como estudantes e depois como professores. Nesta segunda fase, como professores, também devem ensinar seus alunos a fazê-lo.


“Na medida em que eles sejam capazes de armazenar, pesquisar, usar e tirar proveito do que sabem e do que podem chagar a conhecer, o seu sucesso profissional e pessoal será maior”, afirma a investigadora, quem descreve alguns dos resultados obtidos por esta linha investigação.


“Descobrimos que a maioria dos estudantes não administra bem o seu próprio conhecimento; parece que o fazem melhor os homens do que as mulheres, mas com uma diferença não estatisticamente significativa. Além disso, o modelo de gestão utilizado é o baseado no armazenamento da informação, em vez de tentar a sua transformação e assimilação”, conclui.


Projeto do Ministério da Economia e Competitividade


Entre 2011 e 2014, Isabel Cantón participou na equipa de cinco pessoas que desenvolvera um projeto do Ministério da Economia e Competitividade espanhol sobre esse assunto, projeto dirigido pelo professor catedrático da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB) Joaquín Gairín Sallan. O projeto obteve um financiamento de 84.700 euros e o trabalho da investigadora da ULE esteve focado na criação e gestão do conhecimento em comunidades de prática profissional.

 

O Grupo de Investigação Didática, Inovação e Qualidade da ULE foi reconhecido pelo governo regional de Castilla y León (Espanha) como Grupo de Excelência por uma resolução de 15 de novembro de 2007. Atualmente, o Grupo tem cinco membros permanentes mais três membros que também fazem parte de outros grupos.

 

Referências bibliográficas 

 

Cantón Mayo, I. y Ferrero de Lucas, E. (2014): “La gestión del conocimiento en estudiantes de magisterio”, Tendencias Pedagógicas, Núm 24 de Julio de 2014, pp. 307-326 ISSN. 1989-8614.


Cantón Mayo, I. y Pino Juste, M. (2014). (Coords.): La organización de centros educativos en la sociedad del conocimiento. Madrid: Alianza Editorial.


Cantón Mayo, I. (2010): “La calidad de los centros educativos para la gestión del conocimiento”. En Cantón y otros (Coords.) (2010): Calidad, comunicación e interculturalidad. En Barcelona: Davinci, ISBN: 978 84 408-2010, pp. 122-149.