Tecnología España , Salamanca, Jueves, 20 de diciembre de 2012 a las 15:10

Iberdrola apóia o desenvolvimento de empresas técnico-científicas

A companhia está interessada no potencial da Universidade de Salamanca e das spin-off relacionadas com projetos inovadores sobre energia

JPA/DICYT A empresa elétrica Iberdrola manifestou no dia 18 seu apoio ao desenvolvimento de empresas inovadoras relacionadas com o setor da energia na jornada ‘Fomento de iniciativas empresariais técnico-científicas’, realizada no Centro Hispanoluso de Investigações Agrárias (Ciale) da Universidade de Salamanca. A companhia está interessada no potencial da instituição acadêmica de Salamanca e das empresas de seu meio que realizam atividades de PD&I.

 

O objetivo da jornada foi “divulgar a jovens pesquisadores, empreendedores e grupos de pesquisa possibilidades de financiamento para montar empresas de base técnico-científicas”, afirmou Francisco Martín Labajos, diretor da Cátedra Iberdrola da Universidade de Salamanca em declarações coletadas pela DiCYT.  “O que buscamos é que aqueles que quiserem criar uma empresa de base científica ou o de desenvolvimento de PD&I saibam a quem recorrer”, agrega.

 

Diego Díaz Pilas, responsável pelas Iniciativas Tecnológicas da Iberdrola e do programa de capital de risco da Iberdrola, explicou o apoio financeiro oferecido pela companhia a novas empresas relacionadas com seu âmbito de atuação. “Através de nosso programa investimos em empresas que desenvolvem tecnologias que acreditamos que serão importantes para o negócio energético no futuro. Em um cenário de êxito estas empresas acabariam trabalhando com a Iberdrola”, afirma.

 

O programa de capital de risco, lançado em 2008, investiu já 24 milhões de euros em seis empresas de todo o mundo, duas de energias marinhas, duas de energia solar e duas relacionadas com o meio ambiente. “Deve ser um produto ou serviço inovador no âmbito energético e ter um potencial para gerar oportunidades de negócio para o setor e para a Iberdrola especificamente”, comenta.

 

Isso não exclui as pequenas empresas criadas no âmbito universitário e, de fato, a companhia está interessada no potencial da Universidade de Salamanca. “Realizamos visitas ao Parque Científico, falamos com empresas e existem áreas que são interessantes”, indica Diego Días Pilas. As escolas de engenharia e os cursos experimentais são os mais relacionados com a atividade da Iberdrola, mas não exclusivamente, de modo que a empresa energética está aberta a propostas. Em colaboração com o Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial (CDTI), a Iberdrola prevê investir nos próximos cinco anos outros 25 milhões de euros neste tipo de empresas.

 

Projetos de pesquisa da Cátedra

 

Criada em 2008, a Cátedra Iberdrola da Universidade de Salamanca desenvolveu mais de dez projetos de pesquisa, “alguns deles de grande envergadura”, afirmou seu diretor, Francisco Martín Labajos. Neste período investiu mais de dois milhões de euros em bolsas, financiamento de projetos e atividades de divulgação científica através de ciclos de conferências, jornadas e congressos.

 

Dentre os projetos de pesquisa, Francisco Martín Labajos destacou em declarações aos meios de comunicação “o de ionização de CO2 na atmosfera para sua eliminação em grandes quantidades”, um projeto de ciência básica financiado pelo Governo central no qual participam a Iberdrola, a Universidade de Salamanca, o Centro de Laseres Pulsados (CLPU) e o Serviço de Espectrometria de Massas da Plataforma NUCLEUS.

 

A maioria dos projetos da Cátedra estão relacionados com o âmbito de interesse da companhia de energias renováveis, por exemplo, o que analisa a degradação dos cabos de baixa tensão, o de sistemas de automatização ou o estudo em 3D de subestações elétricas. Do mesmo modo, muitos se focam na sustentabilidade e no meio ambiente, como o de proteção de aves, o estudo das bacias com espécies autóctones e o do mexilhão-zebra e serpentes.

 

Em qualquer caso, “existe uma comunicação muito fluída e a disponibilidade da Iberdrola para apoiar os grupos de pesquisa”, indica o diretor. Em contrapartida, “a Universidade oferece os grupos de pesquisa para projetos concretos”. Neste sentido, apesar da crise econômica, “a aposta pela Cátedra se mantém intacta”, de modo a respaldar propostas “cientificamente atrativas”.

 

“Uma prioridade”

 

Por outra parte, a vice-reitora de Pesquisa da Universidade de Salamanca, María Ángeles Serrano, assegurou que a criação de empresas de base tecnológica se converteu em uma prioridade para mudar o modelo produtivo e que será fundamental para um novo processo de industrialização a partir das atividades científicas e tecnológicas.

 

Do mesmo modo, Esteban Sánchez Hernández, diretor da Escola Técnica Superior de Engenheiros Industriais de Béjar, que pertence à instituição acadêmica de Salamanca, ressaltou a importância de estabelecer sinergias entre todas as partes e de que arraigue nos jovens o espirito empreendedor.

 

A jornada, na qual se inscreveram 75 pessoas, contou também com representantes do Colégio Oficial de Engenheiros Industriais de Madri, da Fundação Geral da Universidade de Salamanca e do Parque Científico da instituição acadêmica.