Alimentación España , Salamanca, Viernes, 29 de noviembre de 2013 a las 19:14

Mais de 40% das crianças com paralisia cerebral sente dor

Uma pesquisa do INICO da Universidade de Salamanca ressalta o impacto da dor na qualidade de vida dos afetados, principalmente no aspecto psicológico

JPA/DICYT Um estudo realizado pelo Instituto Universitário de Integração na Comunidade (INICO) da Universidade de Salamanca indica que 41,8% das crianças com paralisia cerebral sentem dor e que isto tem um impacto muito importante na qualidade de vida dos afetados, principalmente no aspecto psicológico. Detectar de forma prematura a dor e controlá-la seria uma importante ajuda para este coletivo.

A paralisia cerebral é a causa mais frequente de deficiência física na infância. Na União Europeia surgem cerca de 10.000 casos novos todo ano, de maneira que afeta um de cada 500 nascimentos. Anteriormente, o estudo SPARCLE (Study of Participation of Children with Cerebral Palsy Living in Europe) havia identificado que a dor é um sintoma muito presente nestes pacientes, mas a Espanha não tinha participado desta pesquisa europeia, de modo que o INICO se propôs a preencher esta lacuna realizando diversos trabalhos sobre a qualidade de vida destes pacientes.

Deste estudo, centrado na dor, participaram 91 crianças e adolescentes com paralisia cerebral e “demostramos que tem um impacto em sua qualidade de vida, principalmente no bem-estar emocional”, destaca em declarações a DiCYT Marta Badía, pesquisadora do INICO. Os participantes que haviam sentido dores recentes apresentaram piores resultados com relação à autonomia e bem-estar físico, mas a severidade da dor afeta também o bem-estar psicológico e seu ambiente escolar.

Tipologia e intensidade

A avaliação foi realizada através da percepção de profissionais da saúde, que avaliaram comportamentos associados à dor, como certos movimentos ou ter o corpo e os membros contraídos, espásticos, tensos e rígidos. As dores são registradas em diversas partes do corpo e abrangem intensidades muito diferentes, desde leves a graves, e no momento de contabilizar os resultados do estudo somente foram consideradas as dores registradas nas semanas prévias. Ainda que na maioria dos casos se tenha contabilizado dores pouco importantes, também foi registrada uma porcentagem significativa de dores moderados e severas.

No estudo colaboraram as associações de paralisia cerebral ASPACE tanto de Castela e Leão, como das Ilhas Baleares, bem como os pesquisadores da Universidade das Ilhas Baleares especialistas em dor.

Este interesse pela paralisia cerebral faz parte da linha de pesquisa do instituto acerca da qualidade de vida de personas com deficiência. A redução das funções motoras ou a deficiência intelectual que acompanham as pessoas que a sofrem não são fatores determinantes para sua qualidade de vida, segundo os pesquisadores, que tentam identificar variáveis relevantes para melhorar a atenção oferecida.

Agora o objetivo dos pesquisadores do INICO é trasladar esta pesquisa, restringida à população infantil e juvenil, às personas adultas com paralisia cerebral.

 

Referência bibliográfica

 

Badia Corbella, Marta; Riquelme Aguilló, Inmaculada; Orgaz Baz, Begoña; Montoya; Jiménez, Pedro; Longo Araújo de Melo, Egmar; Verdugo Alonso, Miguel Ángel. Dolor, función motora gruesa y calidad de vida relacionada con la salud de los niós y adolescentes con parálisis cerebral. http://hdl.handle.net/10366/121324