Ciencia España , Valladolid, Martes, 22 de mayo de 2012 a las 12:27

“Matemática está presente nos principais aplicativos da Google”

O matemático e engenheiro da Google, Javier Tordable, ex-aluno da Universidade de Valladolid, participa do ciclo sobre matemática e inovação do Imuva

CGP/DICYT Desde suas origens, a matemática está na base da Google. O motor de pesquisa de conteúdos na internet mais popular nasceu em 1998 do trabalho de Larry Page e Sergey Brin, dois estudantes de doutorado da Universidade de Standford. Ambos estavam pesquisando a Web e como encontrar informação, e descobriram o algoritmo de PageRank. PageRank baseia-se nas propriedades algébricas da matriz da web e permite ordenar os resultados de uma ferramenta de pesquisa.

 

Larry e Sergey decidiram criar uma companhia para explorar este algoritmo matemático e em 1998 lançaram a Google. No entanto, ao longo dos 14 anos de vida da companhia, Google desenvolveu uma grande variedade de produtos, muitos dos quais incorporam também técnicas matemáticas como, por exemplo, a teoria de grafos na Google Maps, a geometria na Google Earth, ou uma grande variedade de técnicas de estatística no Gmail.

 

Todas estas técnicas foram repassadas no dia 18 de maio na conferência de Javier Tordable, matemático e engenheiro da Google, no ciclo “O papel da Matemática no Desenvolvimento e Inovação”, organizado pelo Instituto de Matemática da Universidade de Valladolid (Imuva). A palestra foi realizada na Faculdade de Ciências, na qual o engenheiro da Google e ex-aluno da Universidade de Valladolid expôs os fundamentos do algoritmo de PageRank e de como se usa em uma ferramenta de pesquisa na internet.

 

Segundo explicou a DiCYT, “são distintas as áreas nas quais se aplica a matemática na Google, não só nos principais aplicativos, mas também em um variedade de produtos”. Especificamente, Tordable comentou as aplicações da matemática em uma dúzia de produtos da Google e detalhou qual tipo de matemática é a mais interessante neste sentido.

 

Por exemplo, “no caso da Google maps, há um aplicativo consistente em calcular o caminho mais curto entre os pontos. Quando alguém tenta procurar opções na Google maps para ir de um lugar a outro, isso é essencialmente um problema de teoria de grafos que no caso fundamental está resolvido pelo algoritmo de Dijkstra”. Este algoritmo, também denominado de caminhos mínimos, permite determinar o caminho mais curto de um vértice origem aos demais vértices de um gráfico com pesos em cada extremidade.

 

Do mesmo modo, na aprendizagem automática aplica-se a estatística; na pesquisa por vós a análise de Fourier; ou na pesquisa de imagens a álgebra linear. “Ou, por exemplo, na interconexão de centros de dados de Google utiliza-se também a teoria de grafos e a estatística para calcular a disponibilidade de centros de dados, etc”, agrega.

 

O engenheiro trabalha na área Webmaster da Google, “o principal ponto de conexão entre a empresa e a comunidade de webmaster”. Especificamente, realiza tarefas relacionadas “com o cálculo de estatísticas que podem ser interessantes para os webmaster, como por exemplo os enlaces que levam a cada uma de suas páginas ou o número de vezes que aparecem para uma determinada consulta”, e também elabora informação sobre webmaster “que é útil para a Google”.

 

Javier Tordable enviou uma mensagem aos estudantes que atualmente estudam Matemática na Universidade de Valladolid: “uma das coisas mais importantes é aprender inglês e estar dispostos a ir para o exterior. Existem vários países realizando um trabalho muito mais inovador que o que se faz na Espanha, como França, Inglaterra, Estados Unidos, Singapur, Índia ou Chile, e várias cidades no mundo em que há companhias que desenvolvem processos inovadores”, enfatiza.