Salud México , México, Jueves, 19 de junio de 2014 a las 18:33

O efeito da ansiedade, da adrenalina e da fadiga no futebolista

Em grau extremo, modifica a conduta do jogador e pode causar lesões, segundo um cientista mexicano

AGENCIA ID/DICYT Algumas das lesões mais comuns nos jogadores de futebol são as torceduras violentas das articulações e as distensões musculares nas pernas, as quais, ocasionalmente, são causadas pela ansiedade e pela fadiga acumulada depois de várias partidas disputadas em algumas semanas.

 

Para comprovar que estas são as lesões mais comuns, foi realizado um estudo na Grã Bretanha, no qual 91 equipes professionais de futebol foram avaliadas durante um torneio; e foram registradas seis mil e trinta lesões, das quais 23 por cento foram nos músculos e 17 nos joelhos ou tornozelos.

 

Com relação a este tema, os especialistas concordaram que, no que diz respeito ao organismo, ocorrem reações nas quais diversas sustâncias naturais do corpo estão envolvidas. O doutor Alonso Fernández Guasti, do Centro de Pesquisa e Estudos Avançados, explicou que o nível de ansiedade e estresse do jogador aumenta com o transcurso e com a intensidade da partida.

 

Pedro Cosculluela, especialista em medicina desportiva do Hospital Metodista de Houston, mencionou que quando o futebolista alcança um nível elevado de fadiga, debilita seu corpo e isso implica na diminuição do tempo de reação em níveis auditivo, visual e de mobilidade diante de jogadas básicas. Nestas situações, os jogadores tornam-se mais propensos a sofrer lesões.

 

Algumas destas feridas são as entorses nos tornozelos e os rompimentos, que acontecem quando o músculo não tem a firmeza necessária para contrabalancear uma força proveniente de uma ação do jogo, como um tiro de meta, onde o peso do corpo recai sob o tornozelo do pé de apoio, que perde estabilidade e pode lesionar o ligamento ao dobrar-se e torcer-se, argumentou Pedro Cosculluela.

 

Por sua vez, Fernández Guasti explicou que o futebolista costuma ter comportamentos estranhos, seja ao retrair-se ou mal entonar-se, devido ao estresse elevado e à ansiedade acumulados ao longo do jogo, mas esta condição pode lhe causar uma lesão.

 

Durante este processo, o cérebro descarrega grandes doses de neurotransmissores, como os hormônios, comumente chamados de adrenalina e noradrenalina, cuja função é concentrar o jogador; contudo, uma consequência desta ação é colocá-lo em um modo de alerta excessivo.

Por outro lado, o especialista em sofrimentos musculoesqueléticos de Houston, ressaltou que quando o futebolista se fatiga, existe uma perda de substâncias químicas e minerais no sangue que causam câimbras nos músculos, cujo propósito é advertir ao corpo de uma possível ferida se continuar se esforçando muito.

 

E ainda, a temperatura corporal do jogador e as circunstâncias do campo também são fatores que influem no rendimento do futebolista, por exemplo, durante 90 minutos correm e suam substâncias químicas e minerais, como sódio, potássio e cloro, que não podem recuperar ao ingerir somente água.

 

Para evitar a lesão do futebolista, o especialista sugeriu que enquanto a câimbra ocorrer, o jogador seja trocado para administrar-lhe a dose necessária de soluções salinas para que as substâncias químicas e mineriais, perdidas devido ao esforço físico, sejam restauradas no sangue.