Salud España , Salamanca, Viernes, 13 de enero de 2012 a las 16:40

Pesquisadores de Salamanca testam novas tecnologias para o diagnóstico precoce de cáries

Clínica Odontológica da Universidade de Salamanca realiza um estudo para avaliar a aplicação de fluorescência laser e câmara de fluorescência para antecipar diagnósticos

José Pichel Andrés/DICYT Pesquisadores da Clínica Odontológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Salamanca iniciaram um estudo sobre a aplicação de novas tecnologias para realizar diagnósticos precoces de cáries. Atualmente, quando os profissionais detectam esta doença o dano dental já é significativo, mas a aplicação de técnicas como a fluorescência laser e a câmara de fluorescência, unidas a um novo protocolo internacional, pode adiantar o diagnostico com relação aos métodos tradicionais. O objetivo desta pesquisa é avaliar a efetividade dos novos métodos.

 

Joaquín Francisco López Marcos, cientista do Departamento de Cirurgia, é o principal pesquisador deste trabalho. “Quando se detecta uma cárie, a doença já está em um estado avançado, existe um buraco no dente”, afirma em declarações a DiCYT. “O resultado é a destruição dos tecidos dentais, tanto do esmalte, quanto da dentina. Os meios de diagnóstico tradicionais são a exploração visual e a radiografia, mas são insuficientes para detectar cáries incipientes”, afirma.

 

Inclusive a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que quando se realiza um diagnóstico, a destruição do dente já é evidente, isso é, a doença já está em uma fase avançada. Portanto, esta pesquisa da Clínica Odontológica pretende contribuir com diagnósticos precoces que poderão revolucionar a Odontologia atual. Para tanto, “contamos com métodos emergentes de diagnóstico de cáries”, o laser de fluorescência, a câmara de fluorescência e os critérios internacionais de detecção de cáries, denominados ICDAS II (International Caries Detection and Assessment System). O objetivo do estudo é “compara e validar” estas novidades mediante a comparação com técnicas tradicionais. Trata-se de tecnologias muito inovadoras, ainda que já existam algumas publicações científicas sobre o laser, existem muito poucas sobre a câmara de fluorescência.

 

O estudo está dividido em duas fases. Em primeiro lugar, se realizará um estudo “in vitro” mediante avaliação histológica para comprovar a efetividade dos novos métodos tecnológicos. Uma vez validados, realizar-se-á um estudo clínico com cerca de 60 a 80 pacientes que incluirá a análise de 960 dentes pré molares e molares. Além de López Marcos, participam da pesquisa as odontólogas Leticia Blanco e Mónica Cano, e a professora Purificación Vicente, encarregada da análise estatística.

 

Medir a desmineralização

 

A técnica de fluorescência laser baseia-se na marca comercial DIAGNOdent, enquanto a câmara de fluorescência assim está na marca VistaProof. “O laser de fluorescência é uma medida eletrônica por meio de um feixe de luz vermelha de fluorescência laser, que mede a desmineralização do tecido dentário. A câmara de fluorescência exerce uma função similar, refletindo a situação do dente em uma tela através do computador por meio de uma escala cromática e numérica estabelecida pelo fabricante”, explica o especialista.

 

Tudo se contrasta com o novo sistema internacional de detecção e diagnóstico de cáries, o ICDAS II. “É um novo critério internacional para a comunidade odontológica que tem por objetivo fazer um acompanhamento da detecção de cáries nos aspectos epidemiológico, formativo e docente. Trata de estabelecer uma escala para ver em que fase está uma cárie, do dente sadio à afetação da dentina”, comenta López Marcos.

 

Ao final desta pesquisa, financiada pela Fundação Samuel Solórzano, os cientistas esperam obter importantes resultados. “Como se trata de métodos não invasivos, redundarão em um maior conforto para o paciente. As novas tecnologias poderão ser utilizadas como métodos complementares de diagnóstico nas explorações tradicionais de cáries, de modo que poderemos instaurar precocemente as medidas preventivas e terapêuticas. Podemos conseguir fazer com que o processo de cáries seja revertido antes de que se apresentem lesões macroscópicas”. A partir da validação destas técnicas, “deveremos pensar em modificar um pouco os procedimentos diagnósticos e terapêuticos utilizados”.