Salud España , Salamanca, Martes, 03 de diciembre de 2013 a las 10:06

Porque os peixes-zebra são capazes de regenerar as células do ouvido e os humanos não?

Uma pesquisadora da Universidade Pompeu Fabra explica em Salamanca seu trabalho sobre a capacidade do peixe-zebra de renovar suas células ciliadas

JPA/DICYT Berta Alsina, pesquisadora da Universidade Pompeu Fabra de Barcelona, ofereceu no dia 29 de novembro um seminário de pesquisa no Instituto de Neurociências de Castela e Leão (INCYL) para explicar seus trabalhos com o peixe-zebra. Este animal, um modelo muito usado em estudos biomédicos, tem a capacidade de regenerar as células ciliadas do ouvido, algo que não ocorre nos mamíferos. A equipe de Berta Alsina averigua as chaves deste processo, que futuramente poderia ajudar a resolver problemas auditivos humanos.

“Estamos estudando a regeneração das células ciliadas do peixe-zebra, já que este animal pode regenera-las, enquanto os humanos não podem , o que faz com que fiquem surdos com o passar dos anos ou tenham algum problema auditivo”, comentou a especialista em declarações à DiCYT.

Nesta línea, Berta Alsina está descobrindo que o ácido retinóico é essencial para a regeneração e que “certamente afeta a proliferação das células de suporte para induzir a proliferação e que despois podem gerar novas células ciliadas. Nosso objetivo é poder descrever este processo com detalhe, exatamente os mecanismos moleculares que estão envolvidos e poder ver se serviria para uma futura terapia com humanos”, agrega.

Proliferação

A ideia é entender “porque não podemos ativar essa via de forma natural, se existem mudanças epigenéticas na cromatina que fazem com que não possamos regenerar estas células e desenhar possíveis modificadores de forma exógena nas células de suporte para induzi-las a proliferar”.

Parte do trabalho desta cientista se foca no desenvolvimento, já que estuda como as células se organizam para criar órgãos. Dentro desta linha de pesquisa, está especialmente interessada no desenvolvimento do ouvido interno a fim de entender sua formação e a dos neurônios sensoriais”.

Colaboração com Salamanca

 

De todos modos, o modelo de peixe-zebra é essencial para seu trabalho e, por isso, pretende aproveitar sua visita a Salamanca para conhecer outros trabalhos com este animal que podem ser interessantes para suas pesquisas. Especificamente, a linha de pesquisa de Raquel Rodríguez, diretora do INCYL, que trabalha com peixes-zebra transgênicos para estudar a dor, pode ter pontos de interesse para os especialistas da Universidade Pompeu Fabra.