Alimentación Colombia , Cundinamarca, Lunes, 14 de enero de 2008 a las 12:00

A Universidad Autónoma de Occidente desenvolve um modelo de gestão para reduzir o impacto ambiental da indústria

A nova estratégia não requer da instituição que a adota novos investimentos

MHO/NOTICYT/DICYT A ineficiência energética que apresenta o setor industrial colombiano, ao produzir com alta demanda energética, é um dos problemas que se pretende solucionar através do “Programa de Gestão Integral da Energia para o Setor Produtivo Nacional”, desenvolvido pelo Grupo de Investigación en Energía (GIEN), da Universidad Autónoma de Occidente e o Grupo de Investigación Gestión Eficiente de la Energía (KAI) da Universidad del Atlántico, projeto executado durante 18 meses com o financiamento de Colciencias e a Unidad de Planeación Minero Energética (UPME), do Ministério de Minas e Energia.

 

“A Proposta foi criar um modelo de gestão energética estudando os modelos existentes em nível mundial, assim como os desenvolvidos na Colômbia nos últimos quinze anos, integrando capacidades, conhecimentos e experiência em temas como gestão energética, eficiência térmica e de energia elétrica dos grupos de pesquisa das duas universidades”, comentou Ciro Enrique Quispe, diretor do GIEN.

 

Este modelo permite implementar na empresa um sistema de gestão que tem como finalidade otimizar o consumo energético e aumentar a produtividade da organização, atingindo uma cultura energética que promova a competitividade e, ao mesmo tempo, a redução do impacto ambiental da indústria.

 

“Presentemente, as empresas estão começando a considerar os custos da energia que é consumida para produzir, reconhecendo que esta deve ser manejada de forma eficiente”, afirmou o pesquisador Ciro Quispe. Para isso, a aplicação em nível nacional nas diversas indústrias colombianas é um dos projetos previstos a curto prazo.

 

A instalação do modelo é feita em três etapas; a primeira etapa é denominada de decisão estratégica, onde se espera envolver os altos dirigentes da empresa, se busca que toda a organização esteja unida por um objetivo comum. Na segunda etapa de instalação do sistema são estabelecidos indicadores, são determinadas variáveis de controle, é estabelecido um sistema de monitoramento e é realizado um diagnóstico energético, entre outras atividades.

 

Por último, na terceira etapa de operação e seguimento do sistema realizam-se avaliações e planos de treinamento que permitam o contínuo aperfeiçoamento. “O modelo é concebido de tal forma que integra todos os sistemas presentes na organização, desenvolvendo um total de 21 atividades que, ao final, com a implementação do sistema de gestão, permitem reduzir até 25% do consumo de energia da empresa”, afirmou Juan Ricardo Vidal Medina, pesquisador do GIEN.

 

A metodologia e as ferramentas do modelo de gestão integral da energia, aplicável a indústrias do setor produtivo, especialmente a grandes e médias empresas, é uma tecnologia de baixo investimento que está disponível à comunidade através do portal web da UPME, com o objetivo de estar ao alcance dos colombianos e que, com a acessoria adequada, se consiga implementar nas organizações que procurem otimizar seu consumo energético.

 

“A diferença fundamental deste modelo é que se ensina a empresa a administrar a energia, preparando os operários para o uso otimizado de seus equipamentos, gerando economias que chegam ao investimento zero, pois não é necessário investir dinheiro como em outros sistemas, e se identifica claramente a quantidade de energia que está sendo gasta em cada processo, e não de forma geral” declarou o docente pesquisador Quispe.