Alimentación España , Palencia, Viernes, 13 de julio de 2012 a las 17:07

Itagra pesquisa a aplicação do enxofre procedente de combustíveis em solos agrícolas

Trabalho se insere em um projeto nacional liderado pela Repsol, a ser realizado nos próximos três anos

CGP/DICYT Reduzir o conteúdo de enxofre dos combustíveis utilizados no setor de transportes é um dos objetivos das políticas da União Européia em matéria ambiental. Trata-se, assim, de minimizar as emissões de gases de efeito estufa geradas pelos veículos motores. Neste sentido, as empresas petroleiras trabalham na produção de combustíveis com “zero enxofre”, eliminando este elemento químico em seus processos de refinamento. O objetivo agora é dar uma saída comercial a este subproduto, com um grande potencial no campo da agricultura, já que é compatível com as práticas mais ecológicas e utilizado em aplicações fitossanitárias para controlar fungos em diversos cultivos, como os vinhedos.

 

Neste contexto está o projeto ESFER, subvencionado pelo Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial (CDTI), apoiado pelo Ministério de Economia e Competitividade e pelo Conselho de Economia e Indústria da Junta da Galicia, co-financiado pelos fundos Feder através do Programa Innterconecta, no qual colabora o Centro Tecnológico Agrário e Agroalimentar Itagra, localizado em Palencia, através da Repsol e outras entidades nacionais. O projeto será executado nos próximos três anos e terá por finalidade melhorar a produtividade dos cultivos agrícolas usando o enxofre proveniente da obtenção de combustíveis como agente mobilizador de nutrientes do solo.

 

Como detalhou a DiCYT Fernando González, diretor do Itagra, trata-se “de encontrar saídas comerciais ao enxofre e buscar a melhor maneira de prepará-lo, o melhor formato, para que seu uso e ação sejam mais rápidos ou efetivos”.

 

O principal resultado esperado é detectar uma importante melhoria nos rendimentos dos cultivos e, especialmente, daqueles implantados em solos básicos. Ademais, prevê-se a diminuição das necessidades de agregar outros macro e micronutrientes ao solo ao longo do ciclo agrícola, reduzindo assim as necessidades de fertilização convencional, com um efeito ambiental benéfico graças à redução do consumo de adubos, das necessidades energéticas e das emissões de CO2 relacionadas com os trabalhos de manutenção dos cultivos.

 

Campos de teste

 

Nas palavras do diretor do Itagra, é a primeira vez que trabalham com Repsol, que buscou um centro com experiência na realização deste tipo de experimentos. “Itagra possui uma ampla rede de campos de testes em Castela e Leão e experiência na gestão deste tipo de atividades”, indica.

 

Do ponto de vista da fertilização, o centro já tinha realizado pesquisas com nitrogênio. “Com o enxofre, um macroelemento importante na fertilização e conhecido na bibliografia, começamos a trabalhar agora. Utilizaremos um campo de teste no qual observaremos o comportamento do enxofre em distintos formatos, para afinar o comportamento deste produto no cultivo. Especificamente, trabalharemos com o trigo, e além do comportamento deste cultivo queremos observar a resposta do enxofre no solo”, explica.

 

Deste modo, os pesquisadores analisarão “como se comporta cada um dos diversos formatos nos quais é possível preparar o enxofre para que seja utilizado como adubo no campo”. Para tanto, é necessário “aplicá-lo no solo nas quantidades e doses previstas e fazer um acompanhamento da evolução do cultivo e da evolução do solo”.

 

Fernando González indica que uma vez obtido o enxofre, este é submetido a um procedimento de moagem denominado micronizado, “transformando-se em uma partícula muito fina e facilmente biodegradável pelas bactérias do solo”. “Definitivamente, tentamos dar um uso ao enxofre sabendo que é um grande mobilizador de nutrientes no solo, o que é muito interessante já que é um composto reconhecido pela agricultura ecológica e fundamental para a geração de boa parte das estruturas vegetais. As proteínas das plantas precisam de enxofre para criar sua constituição molecular. Como é sabido que é importante, tenta-se obter o formato no qual é mais fácil de manejar e mais efetivo para sua conversão em um elemento assimilável pelas plantas”, conclui o diretor do Itagra, que afirma que os resultados finais do projeto serão utilizados pela Repsol.Reduzir o conteúdo de enxofre dos combustíveis utilizados no setor de transportes é um dos objetivos das políticas da União Européia em matéria ambiental. Trata-se, assim, de minimizar as emissões de gases de efeito estufa geradas pelos veículos motores. Neste sentido, as empresas petroleiras trabalham na produção de combustíveis com “zero enxofre”, eliminando este elemento químico em seus processos de refinamento. O objetivo agora é dar uma saída comercial a este subproduto, com um grande potencial no campo da agricultura, já que é compatível com as práticas mais ecológicas e utilizado em aplicações fitossanitárias para controlar fungos em diversos cultivos, como os vinhedos.