Alimentación Portugal , Braganza, Lunes, 04 de noviembre de 2013 a las 15:22

Cogumelos de Portugal com propriedades nutritivas e saudáveis são identificados

A Universidade de Salamanca apoia o Instituto Politécnico de Bragança na avaliação dos recursos autóctones do Nordeste de Portugal interessantes para a indústria de alimentos e farmacêutica

José Pichel Andrés/DICYT O Instituto Politécnico de Bragança trabalha na caracterização dos recursos naturais do Nordeste de Portugal. O objetivo é descobrir as propriedades de alguns produtos tradicionais para agregar-lhes maior valor, de modo que possam servir de estimulo à deprimida econômica local. A grande variedade de cogumelos desta região é um de seus pontos fortes e a Universidade de Salamanca apoia os pesquisadores portugueses na pesquisa de compostos de fungos que possam ser uteis.

 

Nos últimos anos, cerca de 50 publicações científicas do Instituto Politécnico de Bragança respaldam a extraordinária riqueza da região de Bragança no campo dos fungos, principalmente no Parque Natural de Montesinho. “Aqui em Salamanca são identificados alguns componentes bioativos que podem ser importantes, utilizando-se técnicas de cromatografia liquida que não estão disponíveis em Bragança”, explica a DiCYT Celestino Santos Buelga, pesquisador do Departamento de Química Analítica, Nutrição e Bromatologia da Universidade de Salamanca.

 

Os estudos são de caracterização nutricional, em busca de compostos interessantes para a alimentação, bem como de caracterização de atividades biológicas, como a atividade antioxidante ou antiinflamatória já comprovada de algumas substancias dos cogumelos. Além disso, no laboratório são testados estes componentes com linhas celulares para ver, por exemplo, sua possível atividade antitumoral ou antimicrobiana, que poder convertê-los em produtos antibióticos. “Dentre os produtos identificados, busca-se quais poderiam ser mais interessantes para sua comercialização, tanto na indústria de alimentos quanto na farmacêutica”,  afirma o cientista da instituição acadêmica de Salamanca.

 

e Alto Douro existe “uma grande variedade de cogumelos”, confirma Lillian Barros, pesquisadora portuguesa que visita habitualmente Salamanca para realizar o trabalho de laboratório. “As vezes, as que possuem melhor atividade biológica não são os comestíveis, ainda que tampouco sejam tóxicos”, comenta. Isso é, em muitas ocasiões os cogumelos mais interessantes como possível fonte de compostos farmacológicos “não são os mais apreciados porque não possuem as características organolépticas adequadas”.

 

Atividade antitumoral

 

De fato, a partir do trabalho com uma das espécies de cogumelos com componentes antitumorais, este grupo de pesquisadores do Instituto Politécnico de Bragança, com Isabel Ferreira como pesquisadora principal, já solicitou uma patente.

 

Ademais, seus trabalhos internacionais não se limitam a esta colaboração com Salamanca, atualmente participam em projetos de países tão distintos como Brasil e Servia. O motivo é poder comparar. “Quando uma mesma espécie de cogumelo aparece em dois lugares diferentes, sua atividade biológica é muito distinta, de modo que também é importante distinguir quais são os componentes que apresenta segundo o lugar de procedência”, comenta a pesquisadora.

 

Cultivos orientados

 

Este grupo de pesquisa não apenas está interessado nos cogumelos, mas também em outros produtos naturais importantes dentro da economia local, como as plantas medicinais. Revisando seus usos tradicionais, comprovam se suas atividades biológicas são relevantes para uma possível exploração. “Ainda que sejam produtos silvestres, poderiam ser cultivados de uma maneira mais orientada”, aporta Celestino Santos Buelga.