Ciencias Sociales Portugal , Aveiro, Jueves, 17 de julio de 2014 a las 09:14

Técnica inédita que estima concentrações de metabólitos de hormonas de stress em matéria fecal

Investigação de João Santos, João Carvalho, Emmanuel Serrano e Carlos Fonseca

UA/DICYT Um estudo dos investigadores da Unidade de Vida Selvagem (UVS) do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro João Santos, João Carvalho, Emmanuel Serrano e Carlos Fonseca validou, pela primeira vez, o uso da espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS, na sigla em inglês) para estimar as concentrações de metabólitos de hormonas de stress em matéria fecal, usando fezes de veado como modelo.

 

O trabalho, publicado recentemente na revista Ecological Indicators com o título “Near infrared reflectance spectroscopy (NIRS) for predicting glucocorticoid metabolites in lyophilised and oven-dried faeces of red deer”, abre, desta forma, um novo campo de aplicação para a tecnologia NIRS e tem importantes implicações ao nível da monitorização da fauna silvestre, uma vez que permite melhorar a eficiência e reduzir o tempo e o custo das técnicas analíticas convencionais.

 

A quantificação de metabólitos de glucocorticóides em fezes tem vindo a converter-se, nos últimos anos, numa ferramenta de grande utilidade para monitorizar os níveis de stress fisiológico em várias espécies silvestres.

 

A monitorização dos níveis de stress fisiológico na fauna silvestre é uma ferramenta cada vez mais utilizada em estudos ecológicos e um instrumento de grande utilidade para programas de gestão e conservação da vida selvagem, em particular de espécies ameaçadas ou com elevado valor ambiental e sócio-económico, como é o caso do veado, o maior mamífero herbívoro da fauna silvestre ibérica.

 

Este é já o segundo artigo publicado pelo investigador da UVS João Santos no âmbito da sua tese de doutoramento, na qual pretende compreender quais os factores populacionais, ambientais e antrópicos que afectam a condição física do veado nos ecossistemas mediterrânicos da Península Ibérica.