Tecnología España , Salamanca, Miércoles, 20 de mayo de 2015 a las 11:18
INESPO II

Universidade Pontifícia de Salamanca redefine suas áreas e equipas de investigação e inovação

Vice-reitor de Investigação, Inovação e Novas Tecnologias da UPSA explica que a universidade identificou as suas vantagens no domínio da investigação para se conectar mais com o mercado e visualizar a atividade das equipas de investigação

José Pichel Andrés/DICYT A Universidade Pontifícia de Salamanca (UPSA) tenta dar um novo impulso à investigação e inovação ao identificar cinco áreas com potencial especial e dez equipas de investigação que provaram a sua qualidade depois de passar por uma rigorosa avaliação. Baseada nisto, a instituição académica vai tentar melhorar tanto a transferência do conhecimento gerado para a sociedade quanto a sua oferta educacional especializada nos três níveis formativos.


“Investigação e inovação têm sido um eixo central em todas as políticas da universidade”, afirma a DiCYT Antonio Sánchez Cabaco, vice-reitor de Investigação, Inovação e Novas Tecnologias da UPSA, referindo-se ao período de mais de três anos que a equipa reitoral está no cargo. Seu roteiro era duplo: em primeiro lugar, queria determinar “as linhas estratégicas em que a universidade poderia ser competitiva”; em segundo, “desenvolver o músculo com o qual executar essa estratégia, que são os grupos de investigação”.


As cinco áreas de investigação são Ciências da Computação, Ciências da Educação, Filologia e Filosofia, Ciências Sociais e, finalmente, Psicologia. Nestas áreas desenvolveram um novo catálogo de equipas de investigação. As catorze iniciais foram reduzidas a dez depois de passar por uma avaliação de dois anos, que desde agora será anual. “Queríamos ver os seus resultados, os seus pontos fortes e como lidar com os fracos, além de dar-lhes mais competências de gestão, porque podem ser equipas multidisciplinares e ter investigadores de fora da universidade para buscar maior competitividade”, explica Sánchez Cabaco.


A ideia é que o pessoal docente e investigador desempenhe as três missões da universidade: a docência, a investigação e a transferência e gestão, que estão estreitamente interligadas. “O ensino será mais rico se o professor não só transmite conhecimentos, mas também os produz”, afirma o vice-reitor; e isto “mantém a vitalidade dos programas de doutoramento”. Além disso, a ‘Estratégia Regional de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente’ (RIS3) da região de Castela e Leão para 2014-2020 dá ênfase especial à transferência, mas “não é possível a transferência sem a investigação com o potencial que as equipas oferecem como representação institucional”.


A nova estrutura não fecha a porta a mais equipas, à expansão dos existentes ou à investigação individual, mas “como instituição, a nossa força tem de estar nas áreas identificadas com maior produtividade baseada em evidências”, assegura o vice-reitor.

 


Promover, estabilizar e visualizar a investigação


Para consolidar esta aposta está a ser desenvolvido entre 2013 e 2015 o Programa de Promoção, Estabilização e Visualização da Atividade Investigadora e Inovadora na UPSA.


Em primeiro lugar, a promoção da investigação centrou-se em captar recursos em concursos competitivos, fortalecer a investigação com fundos próprios de financiamento e apoiar os professores em tarefas como a apresentação de resultados em congressos e conferências.


Em segundo lugar, a estabilização foi realizada através da avaliação da maior parte do pessoal docente e investigador para estabelecer seis categorias que já oferecem “uma radiografia precisa da universidade que se materializará num plano de gestão académica”.


Finalmente, a visualização concretiza-se em ações como a recente publicação dos grupos de investigação e suas atividades no site institucional, onde se podem encontrar projetos, teses de doutoramento ou capacidade formativa. Assim, “procuramos fazer mais atraentes as equipas e dar a possibilidade de estabelecer parcerias ou ligações com empresas e instituições para desenvolver projetos”.


O novo salto do Clube Universitário de Inovação


Nessa parte da transferência do conhecimento tem sido particularmente visível nos últimos anos o Clube Universitário de Inovação (CUI), uma ideia original da UPSA para envolver os alunos em projetos de investigação que foi exportado para outras universidades. Nos seus inícios, limitou-se apenas à área da informática, mas em uma segunda fase apostaram em uma extensão para outros campos do conhecimento, o que tem gerado inúmeros projetos multidisciplinares.


Atualmente, o CUI vive um terceiro impulso que visa aproximar mais os projetos ao mercado. “É importante como viveiro de ideias, mas não podemos parar aí, temos que continuar a dar passos para um Clube Universitário de Inovação mais competitivo e bem direcionado para parcerias com empresas”, declara Sánchez Cabaco. Assim, também se encaixa com a filosofia do programa europeu de financiamento da investigação Horizonte 2020, para passar “da ideia ao mercado”. Todas as ações são realizadas em colaboração com a Fundação Geral Escola de Salamanca da UPSA, que permite a ligação com vários patrocínios.


A inovação traduz-se em novos produtos e novos mercados, mas também o conceito de criação de valor pode ser diverso. “Diz-se que não há inovação se não há IVA, no sentido mais literal, económico, mas sendo criativos também podemos falar de um IVA social, ou seja, que a nossa parceria com empresas, instituições ou ONG não serve apenas para a rentabilidade económica”. Entre os exemplos que unem todas estas ideias, vários projetos do CUI seguem esta filosofia e têm no seu desenvolvimento a cooperação com uma empresa, com os objetivos de tentar melhorar o produto que a companhia tinha projetado e de levar para o mercado um pacote tecnológico para entrar noutras convocatórias.


O Clube Universitário de Inovação tornou-se uma boa ferramenta para impulsar a UPSA: graças a isto está a se divulgar em fóruns nacionais e internacionais, explica o vice-reitor. “Estamos a procurar alianças para tornar o CUI internacional e, se lograrmos fundos, as equipas poderiam estar formadas por alunos de diferentes universidades da Europa e da Ibero-América”, comenta.


Em termos gerais, embora os últimos anos de crise económica têm sido um desafio para a gestão universitária, Sánchez Cabaco está otimista sobre o futuro da investigação. “Estou seguro de que não depende apenas dos recursos, mas da estratégia e inteligência que demonstremos ao realizarmos uma oferta de qualidade, que nos distinga desde as chaves de identidade que nos dão sentido”, afirma.