A análise dos grãos de pólen do Santo Sudário revela o percurso realizado pelo lenço
MMG/DICYT A bióloga e professora da Universidade Autônoma de Madrid, María José Luciáñez, pronunciou hoje na Universidade Católica de Ávila conferência sobre o Santo Sudário, o lenço que supostamente mostra a imagem de Jesus Cristo depois de ser crucificado, sobre o qual se realizaram inúmeros estudos tanto a partir do ponto de vista científico, como do médico e religioso.
No caso de Luciañez, seus estudos centram-se no aspecto biológico do lenço, sobre o qual se encontraram 49 espécies diferentes de polens. Um número significativo de variedades que se converteram no melhor testemunho científico do percurso que o Santo Sudário realizou desde a morte de Cristo até aos nossos dias, na cidade italiana. “O lenço viajou da Ásia Menor à Europa”, ressalta a bióloga, que insiste em afirmar que alguns destes grãos correspondem a espécies desaparecidas há centenas de anos na Palestina.
“Também se encontraram grãos de pólen do estrato do solo inferior”, continua a especialista, descrevendo-os como “poliambientes primitivos com milhares de anos”. E é aqui onde, precisamente, reside a principal importância destas descobertas biológicas, já que segundo a professora da UAM, a descoberta destes tipos de pólem “serviu para potenciar os estudos atuais de Palinologia”, ao ter de recorrer a herbários modernos, para poder comparar cada espécie.
E apesar da medicina não ser sua especialidade, Luciañez também comentou em seu discurso como as marcas que aparecem sobre o lenço demonstram que a pessoa que foi envolvida neste foi crucificada e que, além disso, foi torturada tal como descrito na Bíblia. Algo que os inúmeros estudos sobre o Santo Sudário nunca puderam determinar é a origem da “radiação desconhecida” que pode ser vista no lenço e que, segundo a bióloga, demonstra que “algo especial passou sobre ele”.