Tecnología España , Salamanca, Lunes, 31 de octubre de 2011 a las 15:26

Carrinho de compras inteligente para deficientes

Universidade de Beira Interior (Portugal) apresenta em Salamanca o projeto de um carrinho que 茅 capaz de acompanhar a pessoa ao fazer compras

JPA/DICYT A Universidade de Beira Interior, de Portugal, desenvolveu um carrinho de compras inteligente capaz de reconhecer a figura de uma pessoa por meio de uma câmera e sensores, e acompanhá-la. Este sistema será muito útil para pessoas deficientes que não podem puxar ou empurrar carrinhos tradicionais, razão pela qual foi apresentado no dia 27 de outubro no “III Encontro Hispano-Luso de profissionais na área de deficiência”, realizado no Centro de Recuperação de Pessoas com Deficiência Física e/ou Sensorial (CRMF) do Imserso (Instituto de Idosos e Serviços Sociais) em Salamanca.

 

“É um carrinho de compras elaborado pensando nas pessoas com deficiência, feito para acompanhá-las e para que não tenham que empurrá-lo”, explicou em declarações a DiCYT Luis de Matos, pesquisador do Departamento de Informática da Universidade de Beira Interior em Covilha. “Fizemos um sistema que acompanha as pessoas, os usuários apenas têm que colocar a compra dentro do carrinho”, afirma.

 

O sistema, chamado WI-GO, está baseado na tecnologia de reconhecimento. “Não preciso de nenhum dispositivo para comunicar-me com o carrinho, ele reconhece a pessoa pela imagem utilizando um sensor da Microsoft e comporta-se como um dispositivo completamente autônomo”, afirma seu autor. “A pessoa não precisa levar nenhum dispositivo, o reconhecimento é feito somente com a câmera do carrinho”, enfatiza, “é como se eu fosse um código de barras para o carrinho, que identifica o corpo da pessoa”.

 

WI-GO é uma experiência piloto que hoje funciona com 70% de sua capacidade, já que faltam sensores para evitar colisões, de acordo com Luis de Matos, que está trabalhando neste projeto desde janeiro. O modelo apresentado em Salamanca corresponde já a um segundo protótipo, muito parecido ao de um carrinho convencional. “Somente falta comercializá-lo”, indica, “mas é muito difícil introduzir novas tecnologias no mercado”, apesar de que o preço não seria excessivo, custando em torno de 400 ou 500 euros.

 

Com o lema “Novas oportunidades laborais”, este encontro acolheu também a apresentação de outras duas iniciativas tecnológicas que pretendem facilitar a vida das pessoas deficientes.

 

CityBugger da Universidade Pontifícia

 

Rodrigo Olmo e Pedro Palacios, alunos de Zamora do Clube de Inovação da Universidade Pontifícia de Salamanca apresentaram CityBugger, uma plataforma de colaboração na qual os cidadãos podem postar distintas incidências encontradas em uma cidade que impliquem dificuldades para pessoas com deficiência, como um meio-fio ou a ausência e sinalização em braile, ainda que esteja aberto inclusive a assuntos de segurança viária, como uma sinalização tapada. Uma web coleta todas as incidências e qualquer pessoa pode agregar incidências novas, por exemplo, tirando uma foto com um celular com conexão a Internet. De momento, seu lançamento no mercado está em tramite e “esta jornada é uma oportunidade para ouvir os comentários das pessoas que possam beneficiar-se”.

 

De outro lado, Laura Martín, técnica de Formação e Desenvolvimento Terapêutico do Grupo Vitalia, apresenta na jornada a implantação de um programa terapêutico através do uso do video game Wii em pessoas dependentes. Vitalia já conseguiu bons resultados com este tratamento, que ajuda a melhorar as habilidades cognitivas através da estimulação cerebral com o uso deste video game.
 

Na jornada estiveram presentes, entre outras autoridades, Augusto Pimenta, cônsul honorário de Portugal na Espanha, e Jesús Málaga, subdelegado do Governo em Salamanca. Este último afirmou que “a Espanha é uma potência mundial em atenção aos deficientes” e por isso defende que sejam priorizadas as políticas em favor deste coletivo.