Tecnología España , Valladolid, Jueves, 28 de abril de 2011 a las 16:38

Empresa de Valladollid desenvolve maquinaria para a secagem de pinhas autóctones da região

Sistema é fruto de um trabalho de pesquisa para obtenção de curvas de secagem de seis espécies distintas

Cristina G. Pedráz/DICYT A empresa Inimax, de Valladollid, localizada no polígono industrial El Carrascal, desenvolveu uma maquinaria para a secagem de pinhas autóctones de Castela e Leão. Trata-se de uma maquinaria inovadora, pois não existe outra parecida no mundo, e é fruto de um importante trabalho de pesquisa também inédito sobre qual é “a velocidade e temperatura da secagem adequada para a extração e posterior plantio do pinhão, diante do que deve ser mantido vivo”, asseguram em declarações a DiCYT Raúl Zapico e Daniel Díez, diretores técnico e comercial da empresa.

 

O projeto tem sua origem na necessidade de um de seus clientes, neste caso o Viveiro Florestal da Junta de Castela e Leão, que queria incrementar sua produção, mas contava com Estações de Secagem antigas. “Extraímos os dados deste secadouro, em Quintanar de la Sierra (Burgos), e com base no que se fazia ali realizou-se os ensaios, capturou-se toda a informação de secagem e fez-se uma curva com sua formula”, detalham.

 

Um dos problemas que surgiu radicou-se no fato de que nestas instalações somente era secada uma espécie e que a empresa precisava saber como secar outras, concretamente, seis espécies distintas de toda comunidade. “Nessa única espécie tradicionalmente utilizada tinham muita experiência e, de maneira manual, sabiam o que fazer, mas em outras espécies tentou-se ir mais além e foram obtidos índices de germinação muito baixos, razão pela qual se determinou que a secagem de todas as pinhas não é igual”, afirmam.

 

Assim, iniciaram um trabalho de pesquisa para obter curvas de secagem em função de cada espécie. Como recordam, “não existia nada parecido, quando começamos o trabalho inclusive pesquisamos se o processo de secagem de um pinheiro-bravo era parecido ao da curva de secagem da madeira, mas isso não se confirmou e tivemos que realizar testes”, concluíram os pesquisadores, que finalmente trouxeram curvas distintas para cada espécie.

 

Sistemas de controle

 

Estas curvas foram incorporadas ao sistema de controle que determina de forma automática, através de um robô programável e um software, como deve ser o processo em função de dados iniciais, sobretudo sobre a umidade das pinhas. Com esta informação o sistema se baseia nas curvas obtidas e, de forma automática, guia o operário da instalação sobre o momento em que este deve retirar a pinha “para que do ponto de vista energético seja o mais eficiente possível e, do ponto de vista do produto acabado, tenha a máxima qualidade possível”.

 

O objetivo final, segundo os especialistas, é que o encarregado da instalação observe um lote com determinada umidade e o sistema lhe indique quanto tempo deve estar nas torres de secagem. “Se o tempo é excedido, gasta-se mais energia do que a necessária e existem pinhas que não abrem e, inclusive, pode-se queimar o pinhão”, afirmam. Ademais de aumentar a produção, o objetivo era aumentar também a porcentagem de germinação, que ao final foi próxima de 99 por cento.

 

Viveiro Forestal

 

Anualmente são colhidos cerca de 300.000 quilos de pinha, dos quais se obtém 10.000 quilogramas de pinhão. Este material é extraído dos 74 carrinhos selecionados que dispõe a região para a coleta de materiais florestais de reprodução e que ocupam uma superfície de 4.291 hectares. Este material permite reproduzir anualmente 16,8 milhões de plantas, e são cultivadas como auxílio à regeneração mais de 600 hectares. Além disso, mantém-se uma reserva estratégica no Banco Regional de Sementes para restaurar zonas afetadas por grandes incêndios com material genético garantido.

 

Estas necessidades exigem uma instalação adequada para abordar o tratamento da pinha e a extração das sementes com as garantias necessárias. Neste sentido, o processo de extração deve garantir a viabilidade e capacidade germinativa das sementes, baseando-se na circulação de ar quente e frio de maneira intencional, para provocar a abertura das pinhas.