Tecnología España , León, Martes, 25 de septiembre de 2012 a las 13:23

Nova tecnologia permite controlar e prever o comportamento do fogo florestal

Sistema, desenvolvido pela empresa Tecnosylva, de Le贸n, baseia-se em estudos matem谩ticos, algoritmos inform谩ticos e vigil芒ncia sat茅lite

Cristina G. Pedraz/DICYT A empresa Tecnosylva, de León, desenvolveu uma nova tecnologia baseada em estudos matemáticos, algoritmos informáticos e vigilância via satélite que permite controlar e prever o comportamento do fogo florestal. Trata-se de uma nova visão do sistema de simulação de incêndios desenvolvido pela empresa especializada em engenharia de território e Sistemas de Informação Geográfica (SIG) há sete anos. Este simulador, que sofreu várias evoluções, permite agora que o usuário “possa conhecer e prever com segurança o que pode fazer o fogo e quais riscos existem para uma população ou para uma linha elétrica”, explica a DiCYT Joaquín Ramírez, gerente da empresa.

 

Tecnologicamente foram realizados dois progressos principais. “Desenvolvemos uma ferramenta capaz de captar o que o incêndio está fazendo realmente e adequar as simulações baseando-se nela”, o que representa “uma novidade no mundo”. As simulações convencionais baseiam-se em um modelo, oferecem um resultado e, se este não se cumpre, “perdem precisão e não são utilizadas”. Com este novo avanço é possível “calibrar instantaneamente o incêndio com base na observação, saber o que o fogo está fazendo de verdade e ajustar o modelo para obter simulações mais realistas”, agrega.

 

O segundo avanço está relacionado com o denominado tempo de evacuação. Neste sentido, a empresa criou um modo de simulação novo que, ao invés de determinar até onde vai o fogo, indica quanto tempo levará para chegar a uma área preocupante para o usuário, como a rede elétrica ou a estrada. “É como simular de uma maneira inversa”, afirma Ramírez, que insiste que o sistema permite “monitorar a todo tempo quais são os tempos de chegada potenciais do fogo ao seu ponto de interesse, como um povoado ou urbanização, para poder prever quando é preciso evacuar a população ou de quanto tempo se dispõe”, o que possibilita desenhar os planos de proteção com antecipação.

 

Do mesmo modo, destaca, a empresa de León aproveitou esta capacidade para realizar simulações mais realistas para ampliar a extensão dos benefícios da aplicação deste conhecimento. Assim, incorporou-se a tecnologia à nuvem e através de aplicações web ou de celulares o usuário pode saber e prever o que pode acontecer com o incêndio. “Democratizando esta informação técnica muita gente será beneficiada, como companhias elétricas, de seguros, os serviços de emergências ou os próprios habitantes das moradias que podem estar em perigo”, agrega o gerente de Tecnosylva.

 

Com relação ao duro verão que vive Espanha em matéria de incêndios e a contribuição que podem realizar as novas tecnologias para ajudar a extinguí-los, Ramírez cita como exemplo prático o incêndio registrado na Junquera, na fronteira com a França. “Talvez seja o incêndio mais explosivo, com um comportamento muito perigoso, que em pouco tempo afetou muitas áreas. Na Junquera o incêndio vinha do norte ao sul, por um lado afetava toda a área turística do litoral catalão e, por outro, a área de montanha, menos povoada. Com nossos simuladores, em 20 minutos o responsável máximo pela análise de incêndios pôde explicar aos representantes públicos que realmente tinha grande potencial de estender-se, mas não em direção às casas, e sim entrar nas montanhas e queimar milhares de hectares”, detalha. “Isto permitiu dispor de quase 60% dos meios nessa costa que afetava a área da montanha, e poder enfrentar o incêndio de uma forma muito mais eficiente”, insiste.

 

Novas linhas

 

Por outro lado, Joaquín Ramírez afirma que Tecnosylva está trabalhando em outras linhas como a pesquisa de incêndios para tentar reconstruir o incêndio e concretizar “de um modo quantitativo e científico de onde veio o fogo, a fim de dar suporte aos serviços de pesquisa”.

 

Outra linha de trabalho radica “em identificar as áreas seguras nas quais as quadrilhas ou combatentes podem enfrentar o fogo e onde podem haver áreas de risco antes de começar a realizar o ataque”. “É uma das coisas mais  importantes em um incêndio, ver o nível de risco no qual os meios estão localizados. Fazer isto de forma rápida e que a informação possa chegar ao telefone ou outro dispositivo é muito importante”, enfatiza.

 

Presença internacional

 

Devido à crescente demanda de conhecimento do risco derivado do fogo, a empresa espanhola criou nos Estados Unidos uma joint venture chamada DTSWildfire, com a qual desenvolveu o portal para o acompanhamento de incêndios www.wildfiremaps.com. Além de toda informação em tempo real, coleta-se informação de redes sociais e avaliação de tempos de evacuação realizadas com simulações. A agência de emergências Calfire (Californian Deparment of Forestry and Fire Protection) está testando o serviço e existe um grande interesse de companhias do setor elétrico e de transporte como San Diego Gas and Electric, nesta tecnologia.