Tecnología España , Valladolid, Jueves, 12 de abril de 2012 a las 13:20

Novos sistemas contribuem com a mobilidade urbana através do veículo elétrico

Cedetel, Cidaut e o ITCL colaboram no projeto Dhemos, focado em otimizar o veículo elétrico e sua infra-estrutura de recarga e comunicações

Cristina G. Pedraz/DICYT A mobilidade representa um desafio nas grandes cidades. Aos custos econômicos que gera o tráfego urbano se soma o tempo empregado por cada cidadão em mover-se de um ponto a outro da cidade. Em toda esta estrutura, o aspecto ambiental também tem um papel importante, considerando a contaminação do tráfego aos objetivos europeus 20-20-20 (reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 20%, economizar 20% do consumo de energia e promover as energias renováveis até 20% do total da demanda no horizonte de 2020).

 

Melhorar a mobilidade urbana é essencial para cumprir estas diretrizes, de modo que três centros tecnológicos da região, Cedetel e Cidaut, de Valladolid, e ITCL (Instituto Tecnológico de Castela e Leão), de Burgos, desenvolveram um projeto para contribuir com uma mobilidade “sustentável”. Como explica o pesquisador do Cedetel, Mario Ramírez, trata-se de fomentar uma mobilidade “eficiente, limpa e ecológica”, através do veículo elétrico, “que está começando a surgir com força e a implantar-se no mercado”.

 

O projeto, denominado Dhemos, reúne a experiência de cada um dos centros tecnológicos nas três “bases” que sustentam o veículo elétrico: o desenvolvimento da infra-estrutura de recarga, dispositivos e serviços, no caso do ITCL; as comunicações e a implementação de redes elétricas inteligentes (Smart Grids), no caso do Cedetel; e o próprio veículo elétrico e sua otimização energética, no caso do Cidaut, que também coordena todos os trabalhos.

 

“No projeto inverte-se o pensamento tradicional. Enquanto até agora se utilizava a rede elétrica somente para recarregar o veículo, agregamos mais uma coisa, consistente em que o veículo, além de requerer energia do sistema, pode utilizar a energia de sua bateria para devolver energia à rede quando nesta ocorra algum tipo de problema ou incidência, se o usuário não o estiver utilizando no momento”, detalha Ramírez.

 

Através de ferramentas de simulação, Cedetel estudou o que aconteceria se os proprietários dos veículos elétricos vendessem sua energia sobressalente quando não a necessitem. “Isto lhes permite rentabilizá-la”, afirma. Para tanto, o centro desenhou uma arquitetura de comunicações que integra todos os agentes envolvidos neste novo modelo de operação e negócio.

 

Maximizar a autonomia

 

Por outro lado, Cidaut se encarregou da otimização do modelo energético do veículo elétrico para maximizar sua autonomia. Assim, instrumentalizaram um destes veículos para medir seus parâmetros de consumo e extraíram modelos matemáticos de comportamento e emissões de CO2 que permitem analisar critérios de otimização.

 

Finalmente, o ITCL ocupou-se de identificar dispositivos e serviços para usuários de veículos elétricos, como a possibilidade de selecionar rotas por critérios energéticos. Do mesmo modo, o centro tecnológico de Burgos desenvolveu algoritmos para otimizar a gestão da recarga e realizou estudos de mobilidade urbana e periurbana e receptividade ao veículo elétrico.

 

Como afirma Mario Ramírez, a colaboração entre centros foi “muito produtiva” e serviu para destacar um aspecto que preocupava os pesquisadores, consistente em que a realização de tantos ciclos de carga e descarga não representa uma redução drástica no ciclo de vida das baterias se a descarga é realizada de um modo adequado.