Ciencias Sociales España , Salamanca, Martes, 07 de septiembre de 2010 a las 14:02

O Instituto de Microbiologia Bioquímica muda de nome para ampliar suas perspectivas

O Instituto de Biologia Funcional e Genômica (IBFG) substituirá o atual IMB quando realizada sua mudança à nova sede e abrir-se-á à incorporação de mais pesquisadores

José Pichel Andrés/DICYT O atual Instituto de Microbiologia Bioquímica (IMB), centro misto do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) e da Universidade de Salamanca, em breve será convertido no Instituto de Biologia Funcional e Genômica (IBGF) com a mudança dos cientistas, a partir de princípios de 2011, do Edifício Departamental do Campus Unamuno à nova sede, localizada junto ao Instituto de Neurociências de Castilla y León (Incyl). A mudança responde a um desejo de modernizar o nome de acordo com as tendências científicas focadas no estudo global do genoma e seu funcionamento, e abre portas à incorporação de novos pesquisadores que oferecerão uma visão mais ampla das atuais linhas de trabalho do centro.

 

Em declaração a DiCYT, o direto do IMB, Ángel Durán, expressou o desejo de poder incorporar “grupos de pesquisa sólidos e formados” para aumentar a capacidade científica do centro em um breve espaço de tempo. Neste sentido, “o nome que possuíamos era obsoleto”, afirma o diretor, já que procedente da criação do centro na década de 1970 e desde então a Ciência mudou. Por isso, buscou-se uma denominação mais genérica que incluísse os conceitos de Biologia funcional e genômica.

 

“A base fundamental do Instituto é trabalhar em Biologia funcional, ou seja, na análise e conhecimento das funções biológicas dos seres vivos”, afirma. Ademais, “com o passar do tempo a Biologia molecular se converteu em genômica, porque agora todos os problemas são abordados a partir de uma perspectiva global do genoma, não se trata de estudar um gene, mas uma função no contexto de outras funções, todas as pesquisas têm como referência o genoma sem perder de vista que o que está sendo estudado é uma determinada função genômica.”

 

A maior parte dos cientistas do IMB trabalha com leveduras e fungos que servem de modelo para outros organismos. No entanto, “queríamos que fossem incorporadas novas linhas de pesquisa e novos modelos porque, sem dúvida, isso enriquece. De fato, já temos cientistas que trabalham em células superiores”, comenta Durán.

 

Três grandes unidades de pesquisa

 

No momento, o centro está composto por 17 grupos de pesquisa englobados em três unidades fundamentais. A primeira delas é a de Morfogênese de eucariotas inferiores e busca conhecer por que uma célula tem uma determinada forma e estrutura, os mecanismos biológicos básicos que a controlam, por exemplo, “por que o núcleo de uma célula sempre está no centro”. Este conhecimento tem interesse aplicado porque se ocupa, entre outras coisas, das paredes celulares dos fungos, que podem ser um alvo para encontrar agentes antifúngicos, “dos quais necessitamos muito”, aponta Durán.

 

A segunda unidade é a de Dinâmica e regulação do genoma, que se ocupa da linha de pesquisa mais básica, já que trabalha em mecanismos como a replicação do DNA na célula e também tem como modelo fungos e leveduras.

 

Finalmente, a terceira unidade é a de Biotecnologia dos microorganismos e pretende aproximar-se a problemas biotecnológicos e, de fato, um dos grupos tem relação com a indústria alimentícia. Também são estudados os mecanismos de produção de antibióticos ou a patogênese de certos fungos.

 

Dois grupos novos

 

A nova etapa incorporará ao centro dois grupos de pesquisa, segundo as previsões de seus responsáveis. Diante da possibilidade de incorporar novas linhas de pesquisa no futuro, o diretor do IMB aposta pela Bioinformática e sua relação com os estudos do genoma, imprescindível hoje em dia para que os novos conhecimentos obtidos acerca de um gene concreto possam ser colocados em contexto com as “centenas de genes que são responsáveis por uma função determinada”.

 

O novo edifício já está terminado, mas a recepção da obra por parte do CSIC não acontecerá antes do final de setembro. A partir deste momento, será equipado. Agora o único problema é que ainda não há orçamento suficiente para a rede de informática e telefonia, mas em qualquer caso Ángel Duran confia que a princípios de 2011 será possível realizar a mudança.

 

As novas instalações aportarão “maior operatividade e espaço físico”, afirma, depois de muitos anos em que o reduzido espaço impediu o crescimento do atual quadro, formado por uma centena de pessoas entre pesquisadores, bolsistas e técnicos. O edifício novo contará com 28 laboratórios destinados aos grupos de pesquisa, ademais de laboratórios comuns com serviços como o de microscopia ou cultivos celulares e um salão de atos.