Salud España , Valladolid, Viernes, 03 de febrero de 2012 a las 13:32

Pesquisa-se as funções de um fotorreceptor descoberto recentemente, a melanopsina

Cientista da Universidade de Oviedo explica no IOBA os testes realizados sobre este fotopigmento envolvido nos ritmos cardíacos

CGP/DICYT Os fotorreceptores do sistema visual humano são os elementos encarregados de captar a luz e transmitir este sinal ao cérebro. Estes fotorreceptores localizam-se no interior do olho e, tradicionalmente, diferenciam-se em dois tipos: cones e bastonetes. Os cones (existem aproximadamente seis milhões distribuídos na retina) somente são sensíveis a altos níveis de iluminação e proporcionam informação ao cérebro sobre a cor e o espaço; enquanto os bastonetes (mais numerosos, em torno de 100 milhões na retina) aportam visão em baixos níveis de iluminação e informação sobre o brilho.

 

A estes fotorreceptores clássicos soma-se um terceiro tipo de fotorreceptor, um fotopigmento denominado melanopsina, que foi descoberto há poucos anos. O catedrático de Biologia Molecular, José Manuel García Fernández, do Departamento de Morfologia e Biologia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de Oviedo, explicou a DiCYT as funções deste terceiro fotorreceptor.

 

“Sua função é fundamentalmente enviar informação lumínica ao principal relógio biológico do cérebro para ajustar os ritmos circadianos à luz ambiental, para regular ritmos de sonho e despertar, o tamanho da pupila e a secreção do hormônio melatonina pela glândula pineal”, explica.

 

O especialista participou hoje como palestrante em um dos Seminários de Pesquisa organizados pelo Instituto Universitário de Oftalmobiologia Aplicada (IOBA) de Valladolid, no qual participaram especialistas de diversas áreas para explicar seus últimos avanços científicos. Durante a palestra de José Manuel García Fernández, com o título Células fotorreceptoras ganglionares melanopsínicas: funções visuais e circadianas, foram apresentados os experimentos e modelos animais que permitiram que seu grupo de pesquisa chegasse a estes conhecimentos sobre a melanopsina.

 

Neste sentido, García Fernández afirmou que as últimas publicações sobre este novo sistema fotorreceptor revelam que está envolvido, ademais, em outras funções, “como a fotofobia produzida em algumas migrâneas ou as depressões estacionais recorrentes que determinados pacientes sofrem no outono e no inverno”.

 

No desenvolvimento destes trabalhos científicos o grupo da Universidade de Oviedo colabora há vários anos com dois organismos internacionais de prestígio, o Departamento de Oftalmologia da Universidade de Oxford, da Inglaterra, a a Universidade de Virginia, dos Estados Unidos.