Alimentación España , Valladolid, Martes, 22 de marzo de 2011 a las 14:43

Projeto regional busca novos materiais anticongelantes em substituição ao uso de sal nas estradas

Seis empresas e cinco Organismos Públicos de Investigação (OPIs) da comunidade formam o primeiro Vialcyl para melhorar as infra-estruturas viárias da região

Cristina G. Pedraz/DICYT A utilização de sal como anticongelante é essencial durante o inverno para reduzir-se o impacto das condições meteorológicas adversas nas estradas. No entanto, é patente o número de problemas ambientais causados pelo sal e seu uso já foi proibido em vários países europeus. Encontrar novos materiais capazes de provocar a fusão do gelo que possam substituir ou minimizar o uso de sal seria um passo importante. No marco do projeto regional Vialcyl, coordenado pela empresa Collosa, de Valladolid, buscam-se novos anticongelantes com base em subprodutos normalmente encontrados em Castela e Leão, como o melaço da indústria açucareira, resíduos do processo vitivinícola ou salmouras e soro de leite provenientes da indústria láctea.

 

Como explicam Carlos García e Cristina Pardo, pesquisadores do Serviço de P&D&I de Collosa, atualmente está sendo definido o método de ensaio e sendo analisada a capacidade anticongelante destes subprodutos. O estudo forma parte de uma das sete tarefas das quais consta o projeto, iniciado no final de 2009, especificamente aquela centralizada na sustentabilidade e no ciclo de vida das infra-estruturas viárias.

 

Frente a processos tradicionais, nesta área serão estudadas as possíveis vantagens envolvidas em novos métodos “como a incorporação de nanomateriais para melhorar o desempenho e aumentar os benefícios com relação ao cimento convencional”. Por exemplo, prevê-se a incorporação às saídas e entradas a túneis de nanopartículas de dióxido de titânio, para absorver agentes contaminantes como os óxidos de nitrogênio (NOX) procedentes dos gases dos escapamentos de veículos.

 

Outra tarefa do projeto centra-se no desenvolvimento de novos materiais para misturas de asfalto. Além de buscar composições delgadas e ultra-delgadas, está sendo realizado um estudo para a melhoria da rugosidade dos agregados, o que influencia, sobretudo, na aderência. “A Universidade de Salamanca está desenvolvendo um estudo a nível microscópico que dará bons resultados. Estes dados poderão ser levados a nível microscópico e determinar a influência destas texturas nos agregados, por exemplo, em termos de redução de ruído de circulação”, afirma Carlos García.

 

Sinalização e segurança

 

Com respeito aos temas da sinalização e da segurança, os pesquisadores trabalham em várias linhas. Uma delas é a automatização do processo de pintura, atualmente desenvolvida de forma imprecisa e pouco adequada para a segurança dos operários. Também procuram-se pinturas “inteligentes”, capazes de mudar de cor em caso de frio intenso para avisar aos condutores sobre o perigo de formação de capas de gelo. “Buscaremos novas pinturas que sejam mais visíveis e que impliquem menos gastos, além de implementar um sistema de guia das máquinas que vão pintando a estrada”, assegura o especialista. Vialcyl abrange também outras tarefas, como a de avaliação do estado das estradas através de uma nova ferramenta, permitindo a melhoria das vias de maior concentração de acidentes.

 

Sensores para espalhar sal de forma controlada

 

Os pesquisadores também avançam em outro aspecto, a inspeção das estradas através de sensores. Isso contribuiria com a correta sinalização com respeito ao estado do asfalto e condições no período de inverno. Neste aspecto o sal possui um papel protagonista. De acordo com os membros do Serviço de P&D&I de Collosa, “trataremos de conhecer a concentração dinâmica de sal e a nível superficial”, um trabalho muito complicado que se baseará em sensores.

 

“Quando é inverno, se joga sal na estrada, independentemente de que haja neve ou não. O que queremos saber é a concentração de sal que existe previamente na estrada e, a partir de alguns parâmetros básicos, saber si é necessário ampliar sua quantidade ou não. Para tal, é preciso dotar a estrada de sensores e buscar um método que meça a concentração dinâmica de sal”, apontam.

 

A integração e processamento de toda a informação obtida da rede de sensores é outro trabalho complexo dentro da sétima linha de trabalho do projeto: a prospecção ou mineração de dados.