Salud México Monterrey, Nuevo León, Martes, 11 de septiembre de 2012 a las 17:22

Propriedades anti-cancerígenas do orégano e do milho são descobertas

O doutor Silverio García Lara e os alunos Fernando Castro Álvarez e Enrique García Pérez, do Campus Monterrey, desenvolvem cultivos in vitro de orégano e milho para avaliar suas propriedades anti-cancerígenas e outros benefícios para a saúde

JST-Tec de Monterrey/DICYT Ainda que o orégano e o milho sejam alimentos milenários, consumidos durante séculos, em pleno Século XXI, suas propriedades nutracêuticas continuam surpreendendo a pesquisadores como dois alunos de pós-graduação do Tecnológico de Monterrey, Campus Monterrey, que recentemente comprovaram que as duas possuem fortes propriedades anti-cancerígenas.

 

Fernando Castro Álvarez e Enrique García Pérez, alunos do mestrado em Ciências com Especialidade em Biotecnologia (MBI) do Campus Monterrey desenvolveram uma pesquisa focada em determinar o perfil fitoquímico e nutracêutico do orégano e milho, dois alimentos básicos da alimentação mexicana.

 

“Nossa idéia é re-descobrir o potencial das plantas mexicanas, pois conhecemos suas capacidades nutracêuticas, mas agora as estamos comprovando cientificamente: são plantas de consumo que têm capacidades anti-cancerígenas e podem prevenir doenças”, afirma o doutor Silverio García Lara, professor pesquisador da Escola de Biotecnologia de Alimentos, e orientador dos alunos.

 

Analisam plantas mexicanas

 

O aluno Enrique García avaliou os compostos químicos do orégano mexicano, particularmente de uma espécie silvestre que é muito comum na região de Nuevo León e Coahuila.

 

Mediante provas, qualificou o triptófano, os carotenóides e os compostos fenólicos, que previnem a oxidação das células, e constatou que podiam ostentar propriedades anti-cancerígenas através de tratamento.

 

“Analisei a atividade anti-oxidante e anti-cancerígena dos compostos químicos e o modo como estes podem aumentar de diferentes maneiras a depender da planta. O que fizemos foi incrementar seu potencial nutracêutico para prevenir doenças”, explicou.

 

García afirma que após assegurar a conservação da espécie, realizou-se um cultivo de tecidos in vitro, e observou-se que desta forma a planta apresentava melhores características e benefícios para a saúde que em seu habitat natural.

 

Por outro lado, Fernando Castro analisou o perfil nutracêutico de um tipo de milho elite com alta concentração de compostos fitoquímicos, e descobriu que existe uma relação entre o estresse biótico e o potencial nutracêutico, isso é, que os milhos resistentes a pragas apresentam maiores propriedades.

 

O doutor Silverio García afirma que o milho tem mais propriedades do que as que se conhecem até hoje, e que continuará surpreendendo os cientistas durante os próximos anos. Do mesmo modo, lamenta que seu consumo tenha diminuído devido ao estigma deste alimento.

 

“O milho foi a base de nossa alimentação durante séculos, de modo que seu estudo sempre nos interessou. Podemos dizer que estamos apenas na base de descobrir todos os compostos nutracêuticos que contêm”, indica.

 

“Os mexicanos consomem milho há séculos, mas isso é algo que criou um estigma no México, já que muitos acreditam que a alimentação baseada no milho não é a melhor. No entanto, estamos comprovando cientificamente que adquirimos muitas defesas do ponto de vista da saúde. Desde que os mexicanos deixaram de consumir milho, aumentou o número de doenças crônico-degenerativas. É preciso voltar ao milho”, comenta.

 

Bolsas de estudo para o Plant Biology 2012

 

Por suas descobertas e contribuições, Fernando Castro e Enrique García foram premiados com uma bolsa para participar da reunião anual de uma das comunidades científicas mais reconhecidas nos Estados Unidos, a American Society of Plant Biologist, que foi estabelecida em 1923.

 

Os dois estudantes viajaram a Austin, Texas, de 19 a 24 de julho, onde revelaram os avanços obtidos em suas pesquisas e compartilharam com outros pesquisadores estrangeiros sua experiência de realizar o mestrado em Biotecnologia.

 

“Apresentamos com nossos projetos científicos e a recompensa foi uma viagem com tudo pago à edição 2012 deste congresso. Foi uma experiência enriquecedora e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade para avaliar a pesquisa que realizamos no Campus Monterrey com o resto do mundo”, afirma Enrique García.