Health Spain , Salamanca, Thursday, March 31 of 2011, 16:44

Efetividade das medidas preventivas contra infecções hospitalares é pesquisada

Hospital Universitário de Salamanca realiza um estudo sobre as infecções que podem ser contraídas por pacientes hospitalizados

JPA/DICYT O Hospital Universitário de Salamanca mantém uma linha de pesquisa sobre as infecções nosocomiais, isso é, aquelas contraídas pelo paciente dentro do recinto médico. Concretamente, o Serviço de Medicina Preventiva e Saúde Pública realiza um estudo para determinar a eficácia de certas medidas que já estão estabelecidas, mas que serão reforçadas com uma campanha interna para que sejam mais conhecidas.

 

A incidência das infecções hospitalares está dentro dos parâmetros normais e é inclusive menor no Hospital Universitário de Salamanca que em centros semelhantes, mas o objetivo dos responsáveis é diminuir ao mínimo os casos e, para tanto, realizarão este projeto, segundo explicou a DiCYT a chefe do Serviço de Medicina Preventiva e Saúde Pública deste centro, Carmen Sáenz, que também é catedrática do Departamento homônimo na Universidade de Salamanca.

 

“Acompanhamos a todos os pacientes com o fim de detectar imediatamente qualquer problema, de modo que possam ser tomadas medidas de prevenção e que não se propague a infecção”, afirma a especialista. Neste sentido, “estamos bem em relação a outros hospitais e isto nos permite conhecer melhor quais microorganismos estão implicados nas infecções, qual é sua sensibilidade e sua resistência”, afirma.

 

Um paciente, que por definição já chega debilitado a um centro hospitalar, pode contrair uma infecção devido às práticas de assistência sanitária as quais se deve submeter por sua doença, provas diagnósticas, operações ou radiografias que possam afetar os organismos imunodeprimidos, ainda que não o façam com uma pessoa saudável, explica a especialista.

 

Os cientistas identificaram quatro tipos de infecções que representam 80% das produzidas em um ambiente hospitalar. A infecção cirúrgica depende da duração de uma operação, da gravidade do paciente e do tipo de cirurgia. As bacteremias definem-se pela presença de bactérias no sangue e costumam resultar em outros quadros clínicos. As pneumonias são provocadas por microorganismos da flora hospitalar, que é mais resistente do que o habitual. Finalmente, as urinárias podem ser provocadas pelo contato com sondas, por exemplo, em pacientes que já têm uma doença de base.

 

Para pesquisar mais a fundo e reduzir sua incidência, o Hospital Universitário pretende reforçar as medidas de eficácia provada, uma série de normas para evitar os quatro tipos de infecções anteriores. “Vamos realizar um programa de reforço e avaliaremos os resultados antes e depois, através de uma série de indicadores para ver de que maneira é útil difundir medidas”, afirma a responsável. Esta difusão se dará por meio de uma campanha dirigida a todas as pessoas do espaço hospitalar, mas especialmente aos profissionais sanitários através de folhetos. Algumas das normas são simples, como implementar medidas de higiene entre diferentes ações, mas não tão fáceis de cumprir como poderia parecer devido ao ritmo de trabalho dos profissionais.

 

“A cadeia epidemiológica tem a força que tem a cadeia mais débil”, explica Sáenz, de modo que é importante que todo mundo saiba o que deve fazer para evitar infecções.