Alimentación México , México, Martes, 19 de marzo de 2013 a las 16:12

Analisa-se extratos vegetais com atividade anticancerígena

Instituto Politécnico Nacional (IPN) analisa espécies que induzem a morte de células geradoras de tumores

Agência ID/DICYT O Centro de Investigação em Biotecnologia Aplicada (CIBA), Unidade Tlaxcala, realizou uma avaliação da atividade antitumoral de extratos vegetais, fazendo como um primeiro passo a avaliação in vitro, e identificaram plantas que induzem a apoptose; isso é, a morte de células cancerígenas. Nesta dependência do Instituto Politécnico Nacional (IPN) avaliaram oito tipo de vegetais existentes no México e em países da América do Sul, e os extratos destas plantas foram testados sobre linhas celulares de câncer de mama, do colo do útero e de fígado. Esta doença se apresenta mais freqüentemente em mulheres.

 

A doutora María del Carmen Cruz, responsável pela pesquisa do CIBA-Tlaxcala, revela que duas das espécies avaliadas apresentaram uma atividade antitumoral importante, encontrando especificidade e indução da morte celular.

 

Depois de realizar análises fitoquímicas e encontrar um princípio ativo, seu potencial como antitumoral poderá ser definido. Além disso, realizarão um modelo in vivo para avaliar o extrato. “O motivo de realizar este trabalho de pesquisa foi o alto índice de mortalidade por câncer no México. Ainda que se saiba que a detecção oportuna e tratamentos adequados conseguem uma redução, também se sabe que o custo dos tratamentos é alto e não são de fácil aceso para alguns setores da população”, afirma a doutora Cruz.

 

Assim, a especialista do CIBA-Tlaxcala afirma que se considera que o México possui uma grande riqueza de recursos naturais, particularmente em plantas, muitas das quais não foram estudadas e não têm importância econômica, sendo inclusive consideradas em algumas ocasiões como plantas daninhas. No entanto, estas podem ser uma fonte importante de princípios ativos, que permitam o desenvolvimento de alternativas terapêuticas. De modo particular, os participantes desta pesquisa estão interessando no efeito antiproliferativo in vitro como estudo prévio para o possível desenvolvimento de um antitumoral.

 

“Isto pode parecer muito simples quando se considera que atualmente o uso de técnicas moleculares levou ao desenvolvimento de medicamentos para certos tipos de câncer; contudo, especialistas no tema manifestaram que devido à diversidade genética da população, estas nem sempre são a melhor opção de tratamento”, detalhou a doutora Cruz.

 

Este trabalho de avaliação da atividade antitumoral de extratos vegetais é realizado em colaboração com o Centro de Investigações Biomédicas de Oriente (CIBIOR) do IMSS em Metepec, Puelba.

 

A especialista do IPN concluiu que devido aos resultados obtidos, contempla-se patentear o processo e desenvolver um produto que possa ser coadjuvante das terapias atuais para o tratamento de câncer, além de ter um custo acessível, para o que se avaliariam alternativas de cultivo das espécies.