Salud España , Valladolid, Lunes, 15 de abril de 2013 a las 12:10

“A tendência de não vacinar pode resultar no retorno de doenças infecciosas já erradicadas”

Marta Vázquez Fernández, pediatra do Centro de Saúde Arturo Eyries, fala no Museu da Ciência sobre a perigosa tendência de não vacinar

CGP/DICYT A pediatra Marta Vázquez Fernández, especialista do Centro de Saúde Arturo Eyries, de Valladolid, adverte das “perigosas” conseqüências da tendência contra as vacinas seguidas atualmente em alguns setores da população, já que pode levar “ao retorno de doenças infecciosas que pensávamos que já estavam erradicadas”. A pediatra dá, no dia 11 de abril, a segunda conferência do terceiro ciclo Incrível, mas falso do Museu da Ciência de Valladolid, atividade realizada com a colaboração do Centro Buendía da Universidade de Valladolid.

 

Conforme explicou a DiCYT a especialista, “começa a ser preocupante o número de crianças que não realizam as vacinas anuais”, o que pode ser perigoso “ao por em risco a imunidade do grupo que tinha sido criada até agora”. Desta forma, poderiam voltar a aparecer entre a população doenças infecciosas que se encontravam em segundo plano nos últimos anos, como o sarampo, do qual já “foram detectados surtos em comunidades autônomas”.

 

Do mesmo modo, agrega, recentemente detectou-se um surto de caxumba na comunidade universitária de Valladolid, que afetou muitos alunos dessa faixa etária, o que pode ser devido “a uma bolsa de população que não está corretamente vacinada, que não foi imunizada adequadamente às vacinas recebidas, ou à presença de alguns vírus mais virulentos, já que as vezes surgem ondas em determinados momentos”.

 

As vacinas permitem a formação de defesas diante de germens invasores e são os medicamentos mais efetivos na prevenção de algumas doenças infecciosas importantes, em âmbito global e coletivo. No entanto, são “recomendações” que estabelecem as autoridades sanitárias, cuja aceitação por parte da população é sempre “voluntária”.

 

Nos últimos tempos, apareceram grupos como os ecopais, ou pais adaptados a formas de vida naturalista, que decidem não vacinar seus filhos aludindo razões de falta de informação, econômicas e, principalmente, de segurança, com raciocínios pseudocientíficos que costumam circular pela internet (como alergias, mortes súbitas e, inclusive, autismo).

 

Trajetória profissional

 

Marta Vázquez é Licenciada em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Valladolid e atua como médica especialista em Pediatria no Centro de Saúde Arturo Eyries. Realizou 10 projetos de pesquisa e orientou várias teses doutorais, além de ser professora Associada de Pediatria na Universidade de Valladolid durante o curso acadêmico 2011-2012, conforme informações do Museu da Ciência de Valladolid.

 

É colaboradora docente de médicos residentes de medicina familiar e comunitária, e participou em 43 comunicações a congressos e reuniões científicas (com três prêmios à melhor comunicação) e 21 publicações em revistas de prestígio científico reconhecido. É autora da Guia prática sobre consultas pediátricas frequentes em farmácia comunitária, do Grupo Saned, e membro do Grupo Educação para a Saúde da Associação Espanhola de Pediatria de Atenção Primária (AEPAP) e da equipe editorial da web família e saúde da AEPAP.