Salud España , Salamanca, Lunes, 14 de marzo de 2011 a las 13:33

Centro do Câncer e cientistas holandeses iniciam pesquisa conjunta sobre o mieloma

Objetivo dos grupos de Jesús San Miguel e de Anton Martens é comparar distintos modelos animais para avançar na procura de tratamentos

JPA/DICYT A equipe de Jesús San Miguel, cientista do Hospital Universitário e do Centro de Investigação do Câncer (CIC) de Salamanca, realizou no dia 10 de março um encontro com Anton Martens, pesquisador do Departamento de Biologia Celular da “University Medical Center de Utrecht” (Países Baixos), para iniciar um projeto conjunto sobre mieloma múltiplo com objetivo de avançar no estudo deste tumor hematológico que os dois realizam em ratos, mas a partir de diferentes perspectivas. Os cientistas holandeses analisam os problemas dos pacientes para reproduzir o modelo em animais e, a partir daí, buscar tratamentos.

 

“Nossa linha de trabalho consiste em identificar novas modalidades de tratamento para os pacientes com neoplasias hematológicas, leucemia e mieloma”, afirmou Anton Martens em declarações a DiCYT. “O que fazemos é ver quais são os problemas dos pacientes da clínica e transferi-los a modelos animais, nos quais temos grande experiência”, afirma. Deste modo, “procurarmos ver se através do modelo animal podemos encontrar novas vias de tratamento e, finalmente, a cura para alguma destas doenças”.

 

O enfoque de Anton Martens é bastante original, porque, geralmente, os cientistas realizam pesquisa básica com um enfoque contrário: ensaiar em ratos para ver se encontram mecanismos aplicáveis em humanos. No entanto, na opinião deste especialista “o lógico é analisar sempre primeiro ao paciente, porque quem tem problemas é o doente, não as células de um laboratório ou um animal”, afirma. Neste sentido, “o paciente tem que nos dizer qual é seu problema e o transferimos ao laboratório para reproduzir da forma mais exata possível o que acontece com a pessoa e, assim, buscar novas estratégias para resolvê-lo”.

 

Três conquistas fundamentais

 

Para consegui-lo, o primeiro passo foi reproduzir o microambiente humano onde crescem as células hematopoiéticas dentro de um rato. “Foi nossa primeira colaboração e levamos muito tempo para consegui-la”, afirma Anton Martens. A partir de então, a segunda grande colaboração foi incorporar um marcador luminoso às células tumorais para poder segui-las quando são introduzidas no modelo animal e, assim, ver como se disseminam pelo organismo, o que permitiu inclusive medir quantas celular tumorais existem, um aspecto chave para avaliar posteriormente a eficácia dos tratamentos. Finalmente, como terceiro grande feito, o grupo de pesquisa holandês identificou um marcador em células tumorais que poderia ser um alvo para o tratamento e eliminação destas células.

 

Com estas conquistas como ponto de partida, Jesús San Miguel quis iniciar um novo projeto de pesquisa com este grupo, de modo que Anton Martens ofereceu um seminário de pesquisa na manhã do dia 10 de março no Centro do Câncer para explicar seu trabalho, e realizou uma reunião com os cientistas de Salamanca pela tarde. “Estamos trabalhando em outro modelo”, explicou Jesús San Miguel, “mas nos demos conta de que o dele também é muito interessante, motivo pelo qual queremos fechar um projeto conjunto e atingir resultados que extrapolem aqueles que poderíamos obter individualmente”, indica.