Alimentación España , Valladolid, Miércoles, 16 de enero de 2013 a las 12:26

Dispositivo baseado em sensores permite saber qual é o estado da vegetação

A ferramenta utiliza sensores óticos terrestres, monitores GPS e sistemas de informação geográfica para criar mapas sobre a situação da vegetação

Cristina G. Pedraz/DICYT O Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI, em inglês), é uma variável que permite analisar o crescimento das plantas. A estimativa se realiza a partir de sensores que captam a intensidade da radiação de certas bandas do espectro eletromagnético que a vegetação emite ou reflete. Uma empresa com sede no Centro de Transferência de Tecnologias Aplicadas (CTTA) do Parque Científico da Universidade de Valladolid, Arbotante, trabalha no desenvolvimento de um dispositivo capaz criar mapas do Índice de Vegetação da Diferença Normalizada.

 

Como explicou a DiCYT José Fonseca, responsável pelo produto, o dispositivo “baseia-se em sensores óticos terrestres (SOT), monitores GPS e ferramentas GIS, o que tem aplicação “em explorações agrícolas, florestais, vinhedos e outros tipos de cultivos, para saber qual é o estado de saúde da vegetação”.

 

Conforme explica, o projeto, denominado Ambisens, surgiu há tempos da confluência de vários fatores, “a experiência direta com o mundo vinícola, o desenvolvimento da tecnologia e nossos próprios estudos”. “Verificamos uma oportunidade, um nicho de mercado que não estava explorado na Espanha e nos dedicamos a ele”, afirma.

 

De momento o dispositivo está orientado ao âmbito vinícola, a fim de “dar respostas integrais aos vinicultores em momentos fundamentais do processo produtivo de suas explorações”. “Queremos focar inicialmente, ainda que não exclusivamente, no vinhedo, pela proximidade das denominações de origem e por nossa experiência direta com o setor”, agrega.

 

Fonseca enfatiza que o uso de sensores óticos ativos permite criar mapas que ajudam o vinicultor a saber com detalhes a situação de sua exploração, informação que serve de ajuda “quando toma decisões críticas com respeitos ao uso da irrigação ou para estar atento sobre possíveis pragas no cultivo”, o que por sua vez permite “economizar gastos”.

 

O objetivo é que o produto, que acaba de ser lançado ao mercado, esteja em pleno funcionamento na primavera. “Ao trabalhar com vegetação deve-se considerar que no inverno as plantas hibernam e não é o melhor momento, de modo que queremos começar a trabalhar com as adegas neste inverno, já pensando na primavera ou no verão”, conclui.

 

Empresa recém criada

 

A empresa Arbotante foi constituída em maio de 2012 por iniciativa de três sócios: Iván García Vázquez (arqueólogo e historiador), David Hernández González (Engenheiro, técnico arqueólogo e modelista) e Alejandro Polanco Masa (Consultor TIC). Atualmente contam com diferentes colaboradores externos, com os quais desenvolvem projetos em campos como a arqueologia, a inovação ou o mundo editorial.

 

Em matéria de PD&I contam com diferentes projetos abertos como a aplicação da magnetometria de prótons à prospeção arqueológica (um meio não agressivo que permite avaliar estruturas enterradas, sem necessidade de movimentar terras), ou a criação de plataformas aéreas de teledetecção.

 

Outro campo no qual trabalham é o da difusão e divulgação de resultados de atividades arqueológicas, tanto próprias como alheias, através da plataforma Glyphos na internet e na revista do mesmo nome, que é editada em papel. Do mesmo modo, oferecem produtos relacionados com a arqueologia e a história, como maquetas e reproduções de peças e serviços de museografia, modelismo e infografia.