Salud España , Ávila, Miércoles, 22 de mayo de 2013 a las 17:08

Especialistas advertem que higiene excessiva aumenta os casos de crianças alérgicas

Uma de cada cinco crianças é alérgica, conforme revelou-se no Congresso de Imunologia Clínica, Alergia e Asma Pediátrica realizado em Ávila

CGP/DICYT A higiene excessiva e outros fatores como a alimentação ou a poluição aumentam o número de casos de crianças alérgicas todos os anos, e isso atinge uma de cada cinco, conforme os especialistas reunidos no Congresso da Sociedade Espanhola de Imunologia Clínica, Alergia e Asma Pediátrica (SEICAP) realizado desde quinta-feira em Ávila. Somente no caso da asma, o número de crianças duplicou nas últimas três décadas, como refletem os dados da SEICAP.

 

O fato de que as crianças se desenvolvam “em um ambiente de assepsia, com ausência de germens, rodeadas de uma higiene excessiva, com tanta esterilização, vacinadas contra tudo e sem risco de infecções, faz com que seu sistema imunológico não ative o mecanismo de defesa, mas o que favorece as alergias”, explica o doutor Marcel Íbero, presidente da SEICAP.

 

Um estudo recente publicado na revista Immunity provou como a exposição a germens do meio ambiente das crianças pequenas permite um desenvolvimento normal do sistema imunológico, o que contribui para evitar futuras alergias e o protege de infecções. Conforme o doutor Íbero “em um ambiente de germens como o dos países do terceiro mundo, ou com carências sanitárias, a resposta imunológica TH” com a qual nascem as crianças e que favorece as alergias, converte-se em TH1, que é a que ativa a defesa para poder combater as infecções”.

 

O progresso e a ocidentalização contribuíram para “o surgimento de mudanças no estilo de vida das pessoas que vivem em países desenvolvidos, que modificaram seu hábitos de higiene, de alimentação ou, inclusive, de decoração das casas. Todo este conjunto de causas, unido à contaminação, provocam mudanças no sistemas imunológico das crianças destes o ventre materno, cuja resposta de defesa se torna mais frágil e favorece a aparição de alergias”, explica o doutor Luis García Marcos, do Serviço de Alergologia Pediátrica do Hospital Virgem da Arrixaca, de Murcia.

 

Um relatório publicado neste mês pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde Pública (NCHS) dos Estados Unidos confirma o aumento de crianças com alergias e o maior número de casos em crianças procedentes de famílias com renda mais alta do que em crianças que estão abaixo da linha da pobreza. A diferença é ampla no caso das alergias respiratórias, afetando 14,9% das crianças de menor renda e 18,3% das que têm um nível econômico mais alto.

 

Tratamento de crianças alérgicas

 

Os sintomas mais comuns das alergias incluem tosse, coceira nos olhos e no nariz, chiado, urticária, angioedema, asma, rinite, conjuntivite, sintomas gastrointestinais, dificuldades respiratórias, eczemas ou reações anafiláticas. Isto é “muito incômodo e influi de maneira notável na qualidade de vida das crianças. Em muitos casos, traduz-se em problemas de escolarização, aprendizagem e faltas ao colégio. Em casos graves, requer internação hospitalar”, afirma o doutor García Marcos.

 

As crianças alérgicas devem seguir pautas de tratamento que incluem evitar totalmente o alérgeno, sempre que possível e, em alguns casos, medicação preventiva e vacinas para evitar reações e melhorar sua vida cotidiana. “É muito importante que os pais e o ambiente da criança conheçam sua doença e como reagir com a medicação de resgate em caso de uma crise, porque se não se reage a tempo, as conseqüências podem ser fatais”, adverte o especialista.