Tecnología España , Valladolid, Miércoles, 02 de noviembre de 2011 a las 11:09

Estuda-se o desenho dos espaços exteriores das casas para melhorar sua ventilação

Grupo de Arquitetura e Engenharia da Universidade de Valladolid possui um laboratório pioneiro para realizar testes em uma Câmara através do computador

Cristina G. Pedraz/DICYT O Grupo de Investigação Reconhecido (GIR) Arquitetura e Energia da Universidade de Valladolid trabalha em uma linha de PD&I que procura avançar no desenho dos espaços exteriores das casas (pátios) a fim de que a quantidade de ar seja suficiente para ventilar estes domicílios. O objetivo é determinar uma série de especificações para que, ao realizar um projeto de moradias com pátios exteriores, o desenho se ajuste ao tipo de edificação e ao meio ambiente.

 

Como afirmou em declarações a DiCYT o professor da Escola Técnica Superior de Arquitetura e membro do grupo, Alberto Meiss, para reabilitar moradias “os edifícios têm distintos graus de proteção, maiores ou menores”. Através deste estudo, denominado DESOALEE (Espaço Exterior do DB-HS·, Qualidade do Ar Interior, Desenvolvimento de Atividades Alternativas), pretende-se oferecer ao projetista as ferramentas de desenho mais adequadas a eventuais casos concretos, sem prejuízo da eficácia da ventilação”.

 

Neste sentido, os pesquisadores analisam o movimento do ar dentro de pátios “para ver quais elementos devem ser incluídos quanto a desenho e dispositivos”, com a finalidade de fazer com que “os pátios que não tenham sido construídos desta maneira possam ser adequados para facilitar a ventilação”.

 

Para tanto, realizam estudos experimentais e simulações com computador no Laboratório de Ventilação HS3 da Escola. Meiss afirma que este trabalho ensejou uma tese doutoral, orientada por Miguel Ángel Padilla, bem como uma série de artigos publicados em revistas. Estes trabalhos experimentais consistem no monitoramento tanto em túneis de vento, quanto em edifícios, informação que pode ser aplicada, posteriormente, nos pátios já construídos.

 

Por sua vez, o grupo de pesquisa pretende fazer com que estas edificações possam ser incorporadas à normativa. “O objetivo maior desta pesquisa é que seus resultados sejam convertidos em um documento reconhecido do Código Técnico da Edificação (CTE) da Espanha”, afirmam.

 

Interesse empresarial

 

As pesquisas realizadas são de grande interesse, em geral, para todos os agentes que intervêm na edificação, e em especial para os projetistas, que verificariam o cumprimento do CTE. Do mesmo modo, “facilitar-se-ia o desenho dos pátios de uma maneira mais controlada e, ao mesmo tempo, mais adequada à casuística particular”. Ademais, os usuários das moradias também se beneficiariam não somente de uma ventilação eficiente, mas da possibilidade de garantir que se cumpra o projetado.

 

“É interessante como uma instalação que não está prevista na origem de uma construção pode ser implementada de uma forma inteligente e que cumpra com as condições do Código Técnico”, enfatiza Meiss, que considera que incorporar este desenho ao projeto, a partir de suas origens, faz com que “se adapte muito melhor”. “Em ventilação temos, por exemplo, um grave problema com os condutores verticais. Realizar um desenho que incorpore a ventilação na gênese faz com que esse projeto seja muito melhor quanto a resolução e eficiência, do que tentar enquadrá-lo ao final de qualquer modo”. Neste sentido, o Grupo de Investigação pode oferecer assessoria às empresas sobre estes temas específicos nos quais não estejam especializadas.

 

Laboratório de Ventilação HS3

 

O Laboratório de Ventilação HS3, no qual se realizam estes testes experimentais, possui uma avançada Câmara de Testes. Esta infra-estrutura tem dimensões de 4,78 metros de comprimento e 6 de largura, bem como 3,55 metros de altura. Em seu interior, esta altura varia entre dois e três metros, de modo que o teto é móvel. A Câmara possui duas paredes cegas e duas de vidro, duas entradas localizadas nos extremos opostos de duas portas em esquina, uma de vidro e outra cego, e uma passarela em dois de seus lados. Quanto a seu uso, serve como apoio à pesquisa dos sistemas de ventilação em locais residenciais, já que permite calcular e resolver problemas reais de desenho e serve de base indispensável para a validação dos estudos numéricos. Por outro lado, o laboratório possui equipamento numérico. Para a simulação numérica utiliza-se um conjunto crescente de computadores com um software específico CFD (computational fluid dynamics, em inglês).

 

Alberto Meiss explica que o laboratório está em processo de ampliação e que está previsto dobrar o espaço disponível. “Temos um equipamento experimental único que nos permitiu realizar diversos projetos. Na Câmara podemos analisar como o ar entra no edifício, como se move, como atua, ou seja, sua maneira de limpar os poluentes, e como sai”. O especialista agrega que nesta sala de testes “pode-se calibrar o efeito energético desta ventilação, a qualidade do ar dos distintos edifícios, ou estudar a síndrome do edifício doente ou outros elementos, como a certificação das condições ambientais existentes em edifícios públicos ou privados”.