Alimentación España , Burgos, Lunes, 21 de marzo de 2011 a las 13:09

Grupo da Universidade de Burgos (UBU) analisa o estado nutricional dos indivíduos através do estudo dos alimentos

Equipe de pesquisa trabalha em três linhas: com grupos de população, na valorização de agentes dietéticos e no estudo dos ácidos graxos

Antonio Martín/DICYT Uma equipe de pesquisa da Universidade de Burgos pretende conhecer o estado nutricional dos indivíduos através do estudo dos alimentos e seus componentes. Trata-se da equipe especializada em Nutrição e Dietética, um grupo multidisciplinar integrado por pesquisadores de diferentes formações universitárias (Farmácia, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Ciências Ambientais, Ciências Químicas e Ciências Biológicas). Seu último artigo abordou a relação de três tipos de ácidos graxos com respeito à concentração de cálcio intracelular.

 

A celebração do Ano Internacional da Química começou na Faculdade de Ciências da Universidade de Burgos com uma série de conferências protagonizadas por diferentes grupos de pesquisa neste campo. Um deles é o grupo de pesquisa em Nutrição e Dietética, de cujos trabalhos realizados desde 1997 destaca-se a avaliação do estado nutricional de diferentes grupos de população por medidas antropométricas e de bioimpedância, e o estudo da adequação da ingestão de alimentos e da contribuição dos alimentos às recomendações nutricionais. A celebração foi proclamada pela Assembléia Geral da ONU e pelo centenário do premio Nobel outorgado a Marie Curie com a finalidade de conscientizar os cidadãos sobre as contribuições desta ciência ao bem-estar da humanidade e à sustentabilidade do mundo.

 

Umas das coordenadoras do grupo, Sara Alonso de la Torre, indica a DiCYT que o objetivo fundamental da equipe é “avaliar o estado nutricional pessoal e determinar como a ingestão de alimentos ou seus componentes podem influir nesse estado”. Os estudos do grupo envolvem três linhas de pesquisa. Por um lado, trabalham no campo de análise de alimentos e comparação dos dados obtidos no laboratório com os que aparecem em tabelas de composição de alimentos, a fim de obter valores mais reais da contribuição dos alimentos conforme seu modo de preparação para o consumo e, portanto, programar melhor as políticas alimentares e melhorar a rotulagem.

 

Por outro lado, estuda-se o estado nutricional de diversos coletivos avaliando dois aspectos: a ingestão de alimentos e nutrientes, e a composição corporal para prever riscos nutricionais. Ademais, elaboram-se cardápios adaptados às necessidades de coletivos ou das pessoas a que se destinam.

 

Papel dos ácidos graxos

 

Por fim, recentemente se desenvolveu uma linha para estudar a ação fisiológica de distintos componentes funcionais dos alimentos em cultivos celulares. Concretamente, a linha de pesquisa do papel dos ácidos graxos em distintas ações fisiológicas. O objetivo é buscar, definir e analisar a combinação ótima de perfis de ácidos graxos nos alimentos com a finalidade de conseguir o melhor efeito em imunidade, proteção cardiovascular e outros efeitos benéficos para saúde. Este objetivo é buscado mediante o conhecimento dos mecanismos de ação dos ácidos graxos oléico, linoléico e linolênico (por serem estes preponderantes nos óleos vegetais mais consumidos como o de oliva ou de girassol) sobre a ativação celular.

 

Um dos últimos resultados aprofunda o estudo de como os diferentes tipos de ácidos graxos influem na concentração de cálcio intracelular, assim como na possível relação que este pode ter com o desencadeamento de um fenômeno apoptótico a longo prazo. Para avaliar referido fenômeno, foram avaliadas tanto a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), quanto a atividade da proteína caspase 3. O último trabalho, publicado recentemente na revista “Cellular Physiology and Biochemistry”, “pretende estudar o efeito funcional de distintos componentes dos alimentos sobre o funcionamento celular e, portanto, sobre o risco de doenças”. O estudo abordou como os três tipos de ácidos graxos produzem um efeito no cálcio intracelular e no estresse oxidativo em determinadas células que atuam na defesa do organismo, os equinócitos.