Alimentación España , León, Miércoles, 10 de marzo de 2010 a las 15:10

IOBA e Universidade de León pesquisam lentes intra-oculares específicas para as diferentes raças caninas

Atualmente, as cirurgias de catarata em cachorros, muito comuns em clínicas, realizam-se com lentes sem diferenças de poder ótico entre elas

Antonio Martín/DICYT Apesar existirem raças caninas de muitos e variados tamanhos, até agora não existe um sistema que permita a cirurgia específica das cataratas. Este defeito visual é corrigido através da colocação de uma lente no interior do globo ocular, como no ser humano. No entanto, diferentemente deste, os olhos variam de tamanho segundo a raça do cachorro, dos imensos e tristonhos de um São Bernardo aos pequeninos e alegres de um chihuahua. O IOBA de Valladolid, o Ibiomed de León e a empresa vitoriana AJL Ophthalmic deram início a um projeto de pesquisa que trata de identificar o tamanho dos diferentes olhos de cachorros para, em seguida, intervir experimentalmente naqueles que sofrem de catarata com lentes mais específicas.

 

Através da cirurgia, o veterinário realiza uma intervenção denominada facoemulsificação, anulando-se o poder ótico do olho no qual detectou-se a catarata. Neste momento, o animal fica hipermétrope, e na maca de cirurgias lhe é devolvida a visão nítida com uma lente. Agora são aplicadas lentes de contato de 41 dioptrias (para os casos humanos são 20). “No entanto, existe uma variabilidade nos cachorros entre 38 e 42 dioptrias, razão pela qual para que os cachorros tenham uma visão ótima é necessária uma maior precisão”, explica a DiCYT Iván Fernández, quem junto a outros três pesquisadores do IOBA e quatro do Instituto de Biomedicina da Universidade de León (Ibiomed), tratam de encontrar esta resposta.

 

O estudo, pioneiro nesta linha de trabalho, pretende determinar primeiramente mediante técnicas muito específicas (ultrasonografia e queratometria) a potência refrativa que deveria ter uma lente intra-ocular individualizada para cada animal. Há quatro meses, solicitou aos estudantes da Faculdade de Veterinária de León sua colaboração para conseguir 60 cachorros saudáveis aos quais submeterá a uma retinoscopia, biometria e queratometria. Metade deles serão selecionados para uma ressonância magnética nuclear. Até agora já foram analisados cerca de 40 cães. Posteriormente, em um grupo de estudo, dez cachorros serão submetidos à técnica de facoemulsificação para implantar-lhes uma lente intra-ocular de potência adequada as suas necessidades óticas. Depois, os animais serão submetidos a seguimento através de retinoscopia para observar seu estado refrativo. Os pesquisadores pretendem obter os primeiros resultados dentro de um prazo de dois anos.

 

Técnicas

 

O teste de refração nos cachorros está sendo realizado com um retinoscópio de faixa e regras de retinoscopia. Os veterinários iluminam a retina do paciente, passando a luz através da pupila. Segundo a reflexão que sai do olho (existem três formas diferentes), é determinado o estado refrativo. Na continuação, os cachorros são submetidos a um teste de medida branco no branco, que permite determinar a longitude dos contatos que sustentarão a lente no interior do cristalino. A biometria permite aos pesquisadores conhecer as medidas exatas da câmara do globo ocular, enquanto que o queratômetro determina a curvatura da superfície anterior da córnea. Finalmente, a ressonância magnética, à qual acudirá uma seleção deste animais domésticos, permitirá a toma de planos do globo ocular.

 

Confeccionar lentes intra-oculares específicas para cada cachorro pode significar amplas possibilidades para o Hospital Clínico Veterinário de Castilla y León. Atualmente, lembra Fernández, somente uma clínica privada em Madri e as universidades Autônoma de Barcelona e de Murcia realizam este tipo de intervenções. Além disso, se são conseguidas lentes específicas, uma nova via de exploração comercial é aberta, já que as lentes atualmente fabricadas para cachorros são importadas. O trabalho é o primeiro realizado sob o convênio de colaboração assinado pelas duas universidades casteliano-leonesas em março de 2009. O trabalho de campo será realizado fundamentalmente em León, já que daí virão todos os processamentos e será realizada a cirurgia.