Salud España , Valladolid, Lunes, 08 de octubre de 2012 a las 12:00

“Os pacientes diabéticos devem observar todos os dias a presença de lesões no pé”

Presidente do Colégio Oficial de Podólogos de Castela e Leão enfatiza a importância da prevenção para evitar complicações nestes pacientes

Cristina G. Pedraz/DICYT De acordo com as estimativas, 6% da população espanhola sofre de diabete, uma doença cuja prevalência está aumentando nos últimos anos e que representa não apenas um problema para o próprio doente e seu meio, mas também para o setor sócio-sanitário e econômico, devido a sua cronicidade e complicações. A infecção do pé é uma das afecções mais comuns derivadas da diabete. De fato, 25% dos diabéticos ingressam em um centro hospitalar por uma infecção nas extremidades inferiores. Este será um dos temas a serem tratados no 43º Congresso Nacional de Podologia, que será realizado em Valladolid durante os dias 5, 6 e 7 de outubro.

 

Como explica a DiCYT José Luis Muñoz Álvarez, presidente do Colégio Oficial de Podólogos de Castela e Leão, geralmente não se presta a devida atenção à saúde dos pés. “O pé muitas vezes é mal cuidado, normalmente somente quando dói”. No caso do pé diabético, cuida-se quando tem lesões ou feridas, e nestes pacientes o binômio entre má circulação e falta de sensibilidade faz com que se manifeste tarde, como uma úlcera, e sejam necessários tratamentos de choque importantes”. Portanto, agrega o especialista, é necessário conscientizar estes pacientes sobre a importância da prevenção. “Devem vir ao podólogo antes de que sejam produzidas lesões importantes. Assim, precisam observar todos os dias se não há arranhões, feridas, ter um cuidado especial entre os dedos, secá-los muito bem ou cuidar o corte das unhas”, insiste.

 

Além de uma mesa de especialistas sobre esta patologia, o Congresso contará com outras duas sessões onde se falará da biomecânica do pé, isso é, “sobre o funcionamento do pé quando caminhamos”, e cirurgia podológica. “Teremos cerca de 50 palestras sobre todos os temas de interesse da especialidade e figuras relevantes nestas mesas de especialistas. A biomecânica do pé é muito importante porque muitas alterações são produzidas ao caminhar, e essa biomecânica pode levar a outro campo, já que no caso de que a biomecânica falhe e os tratamentos preventivos como palmilhas, próteses e talas não funcionem, é preciso recorrer à cirurgia podológica”, afirma.

 

O especialista indica, ademais, outros temas especialmente interessantes para a população, como a podologia pediátrica. “O ponto de referência é o sapato. Quando este se deforma de maneira anormal é necessário ir ao podólogo”, insiste Muñoz Álvarez, que agrega que além disso o abuso na utilização de tênis pode resultar em um excesso de suor. “A maioria deles não transpira e produz-se um excesso de suor que acarreta fungos e papilomas. Dos 3-4 aos 14-15 anos, essa vigilância e prevenção é necessária, além de fazer uma primeira visita ao podólogo, que logo programará revisões em função de cada caso”, afirma.

 

Calçado feminino

 

Uma atenção especial deve ser dada, segundo ele, ao tema do calçado feminino. O especialista afirma que quando se prova um sapato é necessário que a mulher se sinta confortável “e não deve suportar muitas horas com o pé espartilhado, o que resulta em deformidades crônicas que dificilmente se podem recuperar, de modo que é preciso operar”, enfatiza. Por outro lado, o especialista indica que a podologia “é necessária para a saúde e para ter uma boa qualidade de vida, mas o fato de ser uma especialidade privada impede esta necessária divulgação, cuidado e tratamento”.

 

 

 

No congresso, que reunirá entre 700 a 800 especialistas e destacáveis palestrantes procedentes dos Estados Unidos (referência em cirurgia podológica), França e Inglaterra, completa-se o 50º aniversário da regulamentação da formação podológica na Espanha, que prepara profissionais para o diagnóstico e tratamentos de afecções e deformidades do pé. Do mesmo modo, além das diferentes palestras serão organizadas oficinas sobre as provas exploratórias complementares, ecografia e ressonância magnética.