Salud España , León, Jueves, 09 de febrero de 2012 a las 15:32

Pesquisadores de León testam um tratamento contra a uveíte

Cientistas do Hospital de León e do Ibiomed comprovam que uma terapia usada em outro tipo de inflamações dá melhores resultados

JPA/DICYT Cientistas do Hospital de León e do Instituto de Biomedicina (Ibiomed) da Universidade de León realizaram um estudo clínico para testar um novo medicamento contra a uveíte, uma inflamação do olho. A uveíte posterior, objeto desta pesquisa, afeta a úvea, comprometendo a coróide, uma camada de vasos sangüíneos e tecido conector da parte média do olho, e também a retina. Ainda que freqüentemente esta doença seja provocada por infecções, neste caso o objetivo é tratar aquela causada por um transtorno autoimune e, para tanto, os cientistas utilizaram um medicamento biológico que aparentemente dá bons resultados, de modo que publicaram suas conclusões na revista Eye.

 

“Uma doença é autoimune quando o sistema imune é ativado e agride o organismo”, explica em declarações a DiCYT José María Ruiz de Morales, chefe de Imunologia do Hospital. Para tratar a uveíte posterior utilizam-se imunodepressores, geralmente corticóides, “mas os pacientes nem sempre respondem adequadamente”.

 

Por essa razão, os pesquisadores testaram adalimumab, medicamento utilizado em outras doenças inflamatórias, como a artrite reumatóide. Trata-se de um agente anti-TNF, isso é, que bloqueia a proteína TNF (fator de necrose tumoral), uma proteína que libera as células do sistema imunológico. Por ser um medicamento já utilizado em outros casos, sabe-se que o tratamento é seguro, de modo que o estudo clínico foi diretamente para a fase III, buscando a efetividade em pacientes.

 

Para realizar o estudo, os pesquisadores compararam um grupo de doentes aos quais foram administrados os imunodepressores comuns, com outro grupo no qual foi aplicada esta nova terapia. No segundo caso, “além de bloquear a molécula inflamatória TNF, os linfócitos T reguladores que bloqueiam a produção de TNF foram induzidos, de modo que não somente se evitou a inflamação de forma transitória, como no tratamento comum, como se obteve uma melhor evolução posterior.

 

Outros tipos de uveíte

 

“Até hoje, quanto se retira o corticóide a doença volta”, comenta Miguel Cordero, pesquisador do serviço de Oftalmologia do Hospital, que baseou sua tese doutoral neste trabalho. Por outro lado, os efeitos do novo tratamento prometem ser mais duradouros. O estudo está vinculado a um anterior realizado por este mesmo grupo de pesquisa sobre um tipo de uveíte infecciosa relacionada com a tuberculose. No entanto, a maior parte dos casos são de origem autoimune.

 

O principal sintoma da uveíte é a perda da agudez visual, especialmente de noite, ao ler e ao ver televisão. As vezes vem acompanhada de dor ou olhos vermelhos. Este órgão é tão sensível que uma mínima inflamação faz com que a luz não chegue com nitidez.