Tecnología España , Burgos, Martes, 14 de febrero de 2012 a las 13:17

Projeto desenvolver谩 biosensores para medir qualidade do vinho

Universidade de Burgos participa em um cons贸rcio com a Universidade de Zaragoza e duas empresas

José Pichel Andrés/DICYT O grupo de pesquisa Electroanálisis (ELAN) da Universidade de Burgos participa no projeto Seribio, uma iniciativa que tem como objetivo criar novos biosensores eletroquímicos descartáveis baseados em tecnologia de serigrafado que permitirá medir parâmetros de interesse nos vinhos. O consórcio que está desenvolvendo o projeto recebeu 1,6 milhões de euros e está integrado pelas empresas Biolan Microbiosensores e Capher Idi, bem como pela Universidade de Zaragoza, além da instituição acadêmica de Burgos, responsável especificamente por criar biosensores que determinam a presença de compostos químicos orgânicos denominados aminas biogênicas, bem como dos ácidos málico e glucônico, muito importantes para determinar a qualidade dos vinhos.

 

“Para medir certos parâmetros do vinho existem técnicas, como a cromotografia, que requerem uma instrumentação muito complexa. Por esse motivo este projeto propõe desenvolver um sistema muito mais simples, para que o próprio proprietário da adega possa realizar as medições”, comenta Julia Arcos, que lidera o grupo de pesquisa de Burgos.

 

O biosensor funciona ao medir uma pequena corrente elétrica produzida como conseqüência de uma reação eletroquímica, através de um amperímetro. Trata-se de um dispositivo baseado em uma tinta condutora que é serigrafada sobre um suporte de plástico de poucos centímetros. A presença de determinadas enzimas serve de catalisador, porque reagem diante da presença de distintos compostos e permite saber as quantidades concretas de cada substância. Definitivamente, “provocam reações de oxidação detectas ao provocar uma pequena corrente”, comenta a pesquisadora.

 

Inovação para adegas

 

Tudo resulta em uma série de valores que os proprietários das adegas devem saber para estar certos de que a qualidade do vinho é adequada. Trata-se de parâmetros de controle na fermentação que podem determinar as quantidades organoléticas do produto final e que, em alguns casos, podem revelar inclusive a presença de elementos tóxicos através de um teste que este sistema simplificou.

 

O grupo liderado por Julia Arcos tem ampla experiência no desenvolvimento de biosensores deste tipo, ainda que aplicados a procedimentos muito distintos, por exemplo, à detecção de cocaína em uma solução líquida. De fato, os biosensores são aplicados cada vez mais em campos muito variados, como o sanitário ou ou ambiental, mas seu desenvolvimento orientado à agricultura está muito pouco avançado.

 

O projeto Seribio é tão complexo e ambicioso que dura quatro anos e o financiamento que conquistou através do Subprograma Innpacto do antigo Ministério da Ciência e Inovação é tão importante que esta iniciativa criou dois postos de trabalho na Universidade de Burgos. Para realizar os testes serão utilizados tanto os caldos locais, quanto de vinhos procedentes do Chile.

 

Os dados

 

Sócios

Empresas: Biolan Microbiosensores e Capher Idi.

Universidades: Universidade de Burgos e Universidade de Zaragoza.

 

Financiamento

Subprograma INNPACTO do Ministério da Ciência e Inovação (atual Ministério da Economia e Competitividade): 1.668.621,97 euros.

 

Duração

Quatro anos (2011-2014).