Tecnología España , Castilla y León, Martes, 22 de enero de 2013 a las 11:28

Projeto regional desenvolverá novos trocadores de ferramentas automáticos

A iniciativa, inserida na convocatória Innpacto, será realizada até dezembro de 2014 e possui um orçamento estimado de 960.000 euros

Cristina G. Pedraz/DICYT As empresas com sede em Burgos GNC Hypatia, APEX Engenharia Integral e Masidi Engenharia, junto ao centro tecnológico Cartif, localizado no Parque Tecnológico de Boecillo (Valladolid), e o centro tecnológico de Miranda de Ebro (CTME), iniciaram o projeto Modinteco, cuja finalidade é desenvolver trocadores de ferramentas automáticos mais competitivos e sustentáveis. A iniciativa se insere na convocatória Innpacto do Ministério de Economia e Competitividade e possui um orçamentos próximo aos 960.000 euros.

 

Conforme explica à DiCYT Melania Istrate, uma das pesquisadoras que participam do projeto por parte do centro tecnológico Cartif, a idéia surgiu dentro do Cluster de Bens de Equipamento de Castela e Leão, do qual estas entidades fazem parte.  Uma delas é o GNC Hypatia, uma iniciativa do Grupo Nicolás Correa dedicada à fabricação de acessórios para máquinas e ferramentas.

 

“Um trocador de ferramentas automático é uma máquina que armazena de forma controlada e eletronicamente as diferentes ferramentas que podem ser utilizadas em um centro mecânico. Os trocadores pegam a ferramenta e a colocam no eixo do centro mecânico, sem a intervenção humana”, detalha a pesquisadora. Assim, o trocador está composto por um depósito, no qual se guardam as distintas ferramentas, uma alça, que tira a ferramenta do depósito e a coloca no eixo da máquina para que possa trabalhar sem intervenção humana, um braço articulado e uma peça de aderência. Ademais, existem diferentes tipos de depósito, capazes de manipular 40, 60 ou 80 ferramentas.

 

O objetivo do projeto é desenhar um trocador automático com uma série de características inovadoras, “que seja modular e adaptável, inteligente e autônomo, universal, com ecodesenho implementado, que inclua peças comerciais, compacto e que não tenha um sistema hidráulico. Até agora os trocadores possuem estes sistemas hidráulicos, o que se pretende eliminar, além de fazer com que seja competitivo no preço”, agrega Istrate.

 

Deste modo, com a modularização dos sistemas poderão ser minimizados os tempos de fornecimento aos clientes; enquanto que conseguir um acessório “universal” permitirá que o trocador possa ser utilizado em um grande número de máquinas-ferramenta. Finalmente, prevê-se dotar de inteligência o trocador para minimizar os tempos de parada, bem como a substituição dos sistemas hidráulicos por sistemas pneumáticos e eletromecânicos, que reduzem os custos de manutenção.

 

Tarefas dos sócios

 

Neste projeto, iniciado no dia 1 de outubro de 2012 e com previsão de ser concluído em 31 de dezembro de 2014, cada um dos sócios participantes desempenham várias tarefas. Enquanto a GNC Hypatia contribuirá com informação sobre as necessidades do setor e participará no desenho e desenvolvimento do sistema, APEX se encarregará da parte eletrônica do dispositivo, e Masidi dos sistemas lógicos que serão implementados. Finalmente, o centro tecnológico Cartif se focará na parte mecânica do trocador, e o CTME na parte relacionada com a sustentabilidade ambiental.

 

Os resultados do projeto, conforme a convocatória Innpacto no qual está inserido, serão explorados por um dos sócios, neste caso pelo Grupo Nicolás Correa. Esta empresa lançou ao mercado em 2009 a linha de acessórios para maquinaria Hypatia, dentre eles trocadores automáticos de ferramentas, e o objetivo é comercializar estes novos trocadores mais competitivos e sustentáveis que resultarão deste projeto. Até a metade de 2013 espera-se desenvolver um primeiro protótipo, que será testado e otimizado até a conclusão do projeto.

 

Projeto Innpacto

 

O Projeto Trocadores automáticos de ferramentas MODulares, INTeligentes, universais e ECOdesenhados (MOD-INT-ECO) é co-financiado pelo Programa Nacional de Cooperação Público-Privada 2012, sub-programa Innpacto. Esta iniciativa orienta-se a organismos de pesquisa e empresas para a realização conjunta de projetos de PD&I, nos quais deve haver pelo menos dois participantes, um orçamento mínimo de 700.000 euros, uma participação de centros de pesquisa de 20%, e por parte das empresas de 60%. Os projetos financiados são experimentais e têm uma duração mínima de dois anos e máxima de quatro.