Alimentación Portugal , Aveiro, Lunes, 22 de junio de 2015 a las 11:24
INESPO II

Universidade de Aveiro estuda a forma de melhorar a qualidade do ar

A investigação faz parte de um projeto europeu que analisa as práticas dos diferentes países na avaliação e gestão da qualidade do ar para propor novas metodologias

José Pichel Andrés/DICYT O Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), da Universidade de Aveiro (Portugal), faz parte do projeto europeu APPRAISAL (Air Pollution Policies for Assessment of Integrated Strategies At regional and Local scales), que, desde 2012 até hoje, tem estudado diversas práticas dos países da União Europeia (UE) na sua avaliação e gestão da qualidade do ar.

 

O objetivo fundamental do projeto é contribuir para a melhoria da qualidade do ar e, para isso, a equipa reuniu as práticas atuais utilizadas nos Estados Membros da UE para avaliar e gerir este assunto. A partir dessas informações, os especialistas que participam em APPRAISAL irão identificar as deficiências e propor novas metodologias, explica à DiCYT Ana Miranda, responsável por este trabalho na Universidade de Aveiro.

 

A principal contribuição da Universidade de Aveiro foi a criação de uma base de dados sobre os planos de melhoria da qualidade do ar na União Europeia, à que contribuíram vários parceiros do projeto. Atualmente, este arquivo já inclui dados de 60 planos de vários países e está disponível no site http://servizi.appraisal-fp7.eu/appraisal/faces/pages/public/quest_info.xhtml.

 

Os investigadores de Aveiro também analisaram, como caso de estudo, a região do Porto, onde é aplicada uma metodologia para a avaliação integrada da qualidade do ar que relaciona os custos com os benefícios. Isto é, que os custos das medidas tomadas para melhorar a qualidade do ar são medidos em termos de benefício para a saúde humana. Em geral, “esta relação frequentemente indica um benefício maior do que o custo associado às melhorias na qualidade do ar”, explica a especialista.

 

Após 36 meses de trabalho, o projeto terminou em maio de 2015, com resultados abundantes. Além da base de dados e toda a informação que fornece, destaca-se a importância de um documento de orientação sobre as melhores práticas na avaliação e gestão da qualidade do ar, documento que serviu de base para a aplicação da metodologia de avaliação integrada, tanto no Porto como em Bruxelas.

 

A qualidade do ar nos Estados Membros da UE é medida de acordo com a legislação europeia; todos os países têm de comunicar os resultados anualmente e estes são armazenados na base de dados AirBase (http://www.eea.europa.eu/data -e-maps / data /-database-7 base aérea-the-europeu-air-quality), mas os cientistas envolvidos neste projeto esperam que o seu trabalho contribua com uma nova perspetiva para melhorar um aspecto tão importante para a saúde como o ar que respiramos.

 

De facto, os países têm disponíveis “ferramentas que não são usadas regularmente”, diz Ana Miranda, de modo que apela para uma maior divulgação. “É imprescindível a utilização de metodologias para a avaliação integrada da qualidade do ar para apoiar os decisores políticos, porque eles podem permitir que sejam tomadas decisões com base em análises de custo-benefício”, afirma a investigadora do CESAM.