Ciencia España , Salamanca, Viernes, 24 de septiembre de 2010 a las 13:45

Universidade de Salamanca controla deslocamento da crosta terrestre na região

Pesquisadores do Departamento de Geologia participam do projeto TopoIberia, que mede a tensão acumulada para avaliar a possibilidade de que ocorram terremotos

JPA/DICYT Pesquisadores do Departamento de Geologia da Universidade de Salamanca são responsáveis pela coleta de dados em três pontos de Castilla y León dentro do projeto nacional TopoIberia, que registra deslocamentos milimétricos da crosta terrestre por meio de uma série de GPS de alta precisão. O objetivo do projeto é medir a probabilidade de que ocorram terremotos em uma determinada zona nos próximos anos. Dos 40 GPS que compõem a rede, três estão controlados por estes cientistas, situados em zonas de interesse especial para os pesquisadores: El Maíllo (Salamanca), Villardeciervos (Zamora) e Arenas de San Pedro (Ávila).

 

TopoIberia, liderado pelo Instituto Geológico e Mineiro da Espanha (IGME), foi qualificado como o projeto de Ciências da Terra mais importante já realizado na Espanha, vez que tem lugar no programa Consolider Ingenio 2010 e um orçamento de 5,4 milhões de euros. Nele participam 107 cientistas de 10 instituições que coletam dados de duas redes de observação, a de GPS e outra de estações sísmicas.

 

O objetivo é realizar “trabalhos estatísticos sobre a atividade prévia a possíveis movimentos”, sinalizam María del Puy Ayarza Arribas e Fernando Carlos Álvarez Lobato, os cientistas da Universidade de Salamanca que participam do projeto. Graças à medida de pequenos movimentos de escala milimétrica que ocorrem sob nossos pés, os cientistas podem calcular tensões acumuladas em um ponto concreto. Com esta informação, além dos dados sobre a crosta terrestre já conhecidos, e do registro histórico de movimentos sísmicos, os pesquisadores podem conseguir prognosticar que em uma determinada zona poderá ocorrer um terremoto de uma escala mais ou menos concreta, ainda que não seja possível saber quando acontecerá.

 

Os pontos de medição, como os três de Castilla y León, contam com um GPS, uma placa solar para alimentá-los e um cartão telefônico para enviar os dados, já que o registro é contínuo. Os movimentos milimétricos acumulados ao longo dos anos sem que houvessem ocorrido terremotos indicam que em determinados lugares onde existem falhas ou descontinuidades nas rochas superficiais da crosta terrestre pode haver movimentos sísmicos de certa importância, em função, precisamente, dessa tensão acumulada.

 

Um exemplo dado pelos cientistas responsáveis por esse projeto é a zona compreendida entre as províncias de Lugo e León, já que historicamente não há registros de terremotos importantes, mas nos últimos anos foi registrada uma atividade sísmica significativa.

 

O consórcio deste projeto está formado por 10 instituições principais: o Instituto Geológico e Mineiro da Espanha (IGME), o Instituto de Ciências da Terra Jaume Almera, o Real Instituto e Observatório da Armada de San Fernando (Ministério de Defesa), a Universidade Complutense de Madri, a Universidade de Oviedo, a Universidade de Barcelona, a Universidade Autônoma de Barcelona, a Universidade de Granada, a Universidade de Jaén e a Universidade de Cádiz. O grupo da Universidade de Salamanca está integrado ao da Universidade Autônoma de Barcelona e o da Universidade de Zaragoza está integrado ao da Universidade Complutense.