Salud España , Salamanca, Lunes, 04 de mayo de 2015 a las 14:23
INESPO II

Aplicação facilita seguimento da terapia ocupacional

Universidade Pontifícia de Salamanca desenha um sistema que facilita o trabalho dos profissionais e melhora a experiência dos pacientes

José Pichel Andrés/DICYT Um projeto de investigação da Universidade Pontifícia de Salamanca (UPSA) desenvolveu uma aplicação para tornar a terapia ocupacional mais fácil e eficaz tanto para os profissionais como para os pacientes. A ferramenta, desenhada para computador e dispositivos móveis, ajuda a fazer as ações próprias da terapia ocupacional: avaliação, intervenção e análise dos resultados.

 

“Queríamos que os terapeutas ocupacionais tivessem um instrumento válido para manter o controlo do trabalho com os pacientes, do diagnóstico à intervenção e avaliação de resultados”, declara a DiCYT Amparo Jiménez Vivas, professora catedrática de Diagnóstico Educacional e Profissional na Faculdade de Educação da UPSA.

 

“A terapia ocupacional é a estratégia que ajuda para as pessoas desempenharem uma vida normal, ou seja, para funcionar no âmbito da atividade diária normal”, explica; portanto, os destinatários podem ser muito diversos, geralmente, pessoas com algum tipo de deficiência física, psicológica ou social. Basicamente, o trabalho começa por avaliar a capacidade destas pessoas para realizar atividades, independentemente de se é um paciente com doença de Alzheimer ou com síndrome de Down, para, posteriormente, realizar intervenções quando necessário.

 

Os profissionais costumam trabalhar com papel impresso tanto na sua relação com os pacientes como quando realizam os relatórios; assim, recolhem numerosos dados a serem arquivados e muitas vezes têm de se deslocarem para fazer o seu trabalho. Isto é, os processos são realizados manualmente e geram uma grande quantidade de informação difícil de administrar.

 

Por isso, “julgávamos que o método tradicional não era suficiente para fazer um diagnóstico e seguir o desenvolvimento das intervenções, de modo que planejámos desenhar uma aplicação acessível tanto de um telemóvel ou tablete como do computador” explica a especialista.

 

Além disso, ao projetarmos um modelo de interação para dispositivos móveis, os investigadores aproveitaram a ocasião para trazer melhorias no sistema de avaliação e intervenção, uma vez que as características destas novas tecnologias permitem abordar a terapia de forma mais eficaz. Os pacientes têm de realizar muitos testes em papel que poderiam realizar diretamente no dispositivo móvel, participando de maneira mais interativa e, portanto, mais divertido e atraente. Igualmente, uma das intervenções habituais baseia-se na utilização de cartões de cores e, neste caso, substituir estes materiais por uma interacção com ecrãs tácteis constitui um incentivo para o usuário e torna mais fácil a tarefa do terapeuta.

 

Facilidade de consulta

 

De tal modo, a recolhida de informação por parte do profissional também se simplifica, já que todos os dados ficam armazenados na aplicação informática. A ideia é criar um grande banco de dados que reúna a evolução do paciente e que esse prontuário médico possa ser consultado em qualquer lugar através de qualquer dispositivo.

 

Para além de Amparo Jiménez, da Faculdade de Educação interveio a professora Amparo Casado; aliás, sendo um projeto com conteúdo tecnológico também foi precisa a colaboração de especialistas em informática como foram Javier Bajo, da Universidade Politécnica de Madrid e Sigeru Omatu, do Osaka Institute of Technology do Japão.

 

Todos juntos criaram um sistema conhecido como “multiagente”, que no campo da informática relaciona-se com a automatização de tarefas de forma inteligente. Assim, neste caso, a aplicação melhora as escalas de avaliação, gera relatórios e extrai estatísticas úteis para os terapeutas.

 

O novo sistema foi submetido à avaliação dos terapeutas ocupacionais e os resultados foram muito satisfatórios, uma vez que “os ajudou na sua prática profissional e lhes pareceu interessante e adequado”. Por isso, os investigadores acham que a partir deste estudo piloto “seria interessante generalizar a aplicação”.