Alimentación España , León, Viernes, 26 de marzo de 2010 a las 13:05

Avança o primeiro laboratório científico estável do Parque Nacional de Picos de Europa

Um projeto da Universidade de León, cuja abertura está prevista para 2011, permitirá realizar pesquisas “in situ” de fauna autóctone cantábrica

AMR/DICYT O estudo da fauna autóctone da Cordilheira Cantábrica, especialmente o entorno do Parque Nacional de Picos de Europa, pode contar dentro de um ano e meio com uma nova infra-estrutura para impulsionar-lo. A Universidade de León prevê criar um laboratório científico estável na localidade leonesa de Oseja de Sajambre que sirva de prolongação de sua Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, segundo informou a DiCYT o professor Julio Lago. Segundo Lago, esta opção está “avançada”. O recinto estaria localizado no futuro centro de recepção de turistas, que tem previsto abrir suas portas em um ano, aproximadamente.

 

Segundo explicou Lago, o novo recinto científico previsto conta com o “aval” do patronato que administra o parque nacional. Sua construção permitirá a criação do primeiro lugar de trabalho dirigido à pesquisa que se estabelece em alguma das três vertentes desta zona protegida, o que levou Lago a qualificar a iniciativa como “pioneira”. O parque natural de Picos de Europa é compartilhado por Astúrias, Castela e Leão e Cantábria. O equipamento do lugar, um espaço de 30 metros quadrados dividido em duas dependências que conterá o material docente, mapas ou amostras (biológicas e geológicas) obtidas no entorno, ficará a cargo da Universidade de León. Uma vez construído o recinto turístico no qual está, a instituição acadêmica tratará de equipar-lo, segundo expôs Lago, “em um período de um ou dois meses”.

 

O uso deste laboratório será “temporal e pontual” e ficará sob responsabilidade dos pesquisadores que normalmente deslocam-se à Picos de Europa para estudar a fauna, a flora ou os diferentes recursos deste entorno. A principal linha de estudo será precisamente a fauna emblemática da zona, como o “wood grouse” (urogallo) ou o urso pardo cantábrico. A Universidade de León, que já conta com os planos da futura instalação, pôs-se em contato com pesquisadores de outros organismos e centros de pesquisa para abrir as portas deste recinto a outros grupos. Em concreto, dirigi-se a cientistas que estudam a fauna e flora dos Pirineus e do Centro Superior de Investigações Científicas, relata Lago, que pertence ao Departamento de Direção e Economia da Empresa.

 

Aula de Picos de Europa

 

O trabalho no futuro laboratório de práticas de Oseja será uma das questões novas que aborda o ciclo de cursos das Aulas de Picos de Europa, cuja nova edição foi apresentada hoje. As outras novidades que aporta o novo ciclo é “a formação em turismo ativo” dirigido aos visitantes desta zona natural e “a publicação de uma nova publicação científica que reúne as apresentações dos professores que participem dos cursos”, expôs Lago. Os cursos programados terão lugar nos meses de abril, maio, setembro e outubro em um prazo de três ou quatro dias e todos terão como elemento transversal o conhecimento e respeito ao meio ambiente. “Pretende-se enriquecer a formação em fauna, flora, economia do espaço de alta montanha e a interpretação dos espaços naturais”, resumiu o responsável pela atividade. Nas edições anteriores aproximaram-se a estes cursos fundamentalmente estudantes de Biológicas, Ambientais, Geografia, Turismo, “mas também pessoas sem formações universitárias e interessadas pelas temáticas específicas”.

 

O programa, que divide as atividades entre Posada de Valdeón y Oseja de Sajambre, contempla os seguintes cursos: Introdução à marcação e seguimento de aves (anelamento científico), em Posada de Valdeón, de 16 a 18 de abril; Oficina de fungos florestais de primavera, em Oseja de Sajambre, de 11 a 16 de maio; Oficina sobre turismo ativo em espaços naturais de montanha, em Posada de Valdeón, de 14 a 17 de setembro; Guia intérprete de espaços naturais, em Oseja de Sajambre, de 17 a 1 de setembro; II Oficina de estudo de fauna cantábrica, em Oseja de Sajambre, de 30 de setembro a 3 de outubro; e Micologia florestal aplicada em espaços protegidos, em Posada de Valdeón, de 19 a 24 de outubro.