Tecnología España , España, Jueves, 24 de febrero de 2011 a las 11:12

Criar objetos com comportamento desejado já é possível

Pesquisadores da Universidade Rey Juan Carlos (URJC), juntamente à Disney Research Zurixh, apresentam um método que o permite

URJC/DICYT Pesquisadores da Universidade Rey Juan Carlos (URJC), juntamente à Disney Reserach Zurixh, apresentam um método que permite replicar o comportamento de objetos maleáveis a fim de simular ou mesmo fabricar outros novos através de modernas impressoras em 3D. As principais aplicações encontram-se na animação, videogames e, inclusive, nas simulações de treinamento médico.

 

Este trabalho introduz uma série de processos de dados para desenhar e fabricar materiais com um comportamento maleável escolhido. O processo começa com a avaliação e mensuração das propriedades de maleabilidade de materiais base. Os materiais base ou resinas são combinados até que se consiga um objeto com o comportamento desejado. Ademais, este trabalho demonstra o processo completo de desenho e fabricação de objetos com materiais complexos e heterogêneos, usando modernas impressoras em três dimensões.

 

“Seguimos um procedimento completamente distinto ao que já se fez até hoje no mundo da física e da mecânica, e o mais interessante a nível científico é o método particular que seguimos para poder conseguir os modelos”, assegura Miguel Otaduy, professor e pesquisador da área de Arquitetura de Computadores e Ciências da Computação da Universidade Rey Juan Carlos. Através de equações e formulas matemáticas que descrevem os objetos, criam-se modelos aos quais se designam parâmetros e, a estes, valores, que finalmente caracterizam o comportamento do objeto de estudo. Conseguir caracterizar todo o comportamento não é uma tarefa fácil já que os modelos existentes até o momento não são capazes de capturar todos os comportamentos.

 

Dentre as aplicações que podemos encontrar nesta técnica existe uma grande variedade, já que está focada em aplicações nas quais é necessário um objeto móvel. Portanto, pode ser encontrada em animações, criação de videogames ou inclusive simulações de treinamento médico, uma vez que podem ser criados objetos reais que simulem o comportamento do tecido humano. Ou seja, se um cirurgião está aprendendo a cortar um fígado, não precisa que a simulação seja exatamente igual, mas sim um objeto de comportamento similar.

 

Para fabricar estes objetos, os pesquisadores utilizaram uma tecnologia moderna. Trata-se de impressoras que ao invés de imprimir em papel como estamos acostumados, imprimem materiais em 3D, através da deposição de materiais que configuram e geram um objeto, até agora rígido, que permite a obtenção de um modelo possível de ser tocado, de modo que de antemão se pode saber que objeto será criado.

 

A limitação destas impressoras é que não imprimem o objeto com o material real, mas com um substituto que pode ser mais frágil, agüentar temperaturas piores, mas pode ser tocado. No entanto, de um ano para cá estas impressoras evoluíram e são capazes de imprimir um objeto maleável. Mas estas impressoras não fazem tudo, não dizem como combinar múltiplos materiais para obter um comportamento desejado. Isso foi resultado do trabalho de pesquisa intitulado “Design and Fabrication of Materials with Desired Deformation Behavior”.