Salud España , Salamanca, Martes, 26 de febrero de 2013 a las 12:48

“O IBFG é um centro de referência em pesquisa por quantidade e qualidade”

César de Haro, pesquisador do CSIC que começou sua carreira em Salamanca, destaca a evolução da Ciência espanhola no campo da Biologia Molecular

JPA/DICYT César de Haro Castella, pesquisador do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) no Centro de Biologia Molecular Severo Ochoa (CBMSO) e diretor do Instituto de Biologia Molecular ‘Eladio Viñuela’, visitou Salamanca no dia 22 de fevereiro para participar de um seminário de pesquisa do Instituto de Biologia Funcional e Genômica (IBFG), centro ao qual está unido por seu passado e atuais colaborações científicas.

 

“Sou um dos primeiros alunos do professor Julio Rodríguez Villanueva, pai disto tudo”, afirmou em declarações à DiCYT com referência ao fundador do Instituto de Microbiologia Bioquímica, antigo nome do atual IBFG.

 

Desde que César de Haro começou a trabalhar neste instituto passaram-se 41 anos e, em sua opinião, a evolução da pesquisa em Bioquímica, Microbiologia ou Biologia Molecular “foi excelente em quantidade e qualidade” em Salamanca. Naqueles primeiros tempos “éramos poucas pessoas, como em todo país, já que pouca gente se dedicava à pesquisa e ainda menos aos temas básicos”.

 

Por outro lado, “agora o centro impressiona”, assegura em referência a nova sede do IBFG, não só por seus integrantes, que passaram de 20 há algumas décadas aos 150 atuais, mas “sobretudo pela qualidade”, do mesmo modo que a qualidade da ciência na Espanha nesta área aumentou, agrega.

 

Em sua opinião, tanto o IBFG, quanto o Centro de Investigação do Câncer (CIC), centros mistos do CSIC e da Universidade de Salamanca, são “centros de referência em pesquisa na Espanha”.

 

Atualmente, o grupo de pesquisa de César de Haro colabora de Madri principalmente com a equipe de Sergio Moreno, diretor do IBFG, porque para realizar seus estudos de processos biológicos básicos ambos utilizam como modelo a levedura Schizosaccharomyces pombe. Neste campo, Sergio Moreno “é o mestre absoluto”, assegura César de Haro, “nos ensinou muito para poder fazer o que fazemos”.

 

Expressão genética

 

A linha de pesquisa do grupo de pesquisa de César de Haro foca-se na regulação da expressão dos genes em seu último processo, o de tradução da informação contida nos RNA mensageiros à proteínas. “Estamos interessados em saber como a célula regula sua expressão e quais fatores intervêm. É pesquisa básica, mas é importante para muitas doenças, como o câncer ou as doenças neurodegenerativas”, assegura. Por se tratar de pesquisa básica, insiste, “não curamos nenhuma doença, mas pesquisamos o que intervêm neste processo”.

 

Em todos os casos é importante saber quais fatores atuam em cada momento para regular a expressão dos genes. Neste campo, “descobrimos novas proteínas que intervêm nos processos de regulação, sobretudo em situações nas quais a célula está submetida a estresse fisiológico, como podem ser a radiação ultravioleta, o choque térmico, o estresse oxidativo ou uma falta de nutrientes”. Nestes processos intervêm uma série de proteínas e a equipe de César de Haro conseguiu encontrar algumas delas. Definitivamente, “colocamos mais tijolos na construção deste edifício que ainda está pela metade, há muitas coisas a serem descobertas”.