Alimentación España , Valladolid, Martes, 15 de febrero de 2011 a las 12:18

O maior projeto mundial sobre energias renováveis oceânicas conta com a Universidade de Valladolid

Investigadores do Departamento de Informática e de GMV buscam uma forma automática de encontrar áreas marinhas adequadas

Cristina G. Pedraz/DICYT Correntes oceânicas, ondas ou gradiente térmicos são algumas das possibilidades que o mar oferecer para a obtenção de energia elétrica. A maremotriz é uma das energias renováveis com maior potencial, ainda que existam diversas barreiras que impeçam seu desenvolvimento na atualidade. Operar no mar é sempre complicado, e a esse fato se une a complexidade de prever a energia que é possível extrair ou a escolha dos melhores lugares para construir as centrais. 

 

Com o objetivo de contribuir decisivamente para o desenvolvimento desta energia, 19 empresas e 25 centros de investigação de todo o país começaram o maior projeto mundial relacionado a energias renováveis oceânicas. Se trata do CENIT (Consórcio Estratégico Nacional em Investigação Técnica) do Minstério de Ciência e Inovação Líder dos Oceanos, que conta com um orçamento de 30 milhões de euros.
O projeto prevê avançar em diversas linhas de trabalho, como a investigação de tecnologias e sistemas inteligentes para a identificação e caracterização de locais adequados para o aproveitamento energético do recurso oceânico ou o desenho de tecnologias de conversão de energia oceânica em função das características da localização e da fonte. Nesta primeira linha trabalham investigadores do Departamento de Informática da Universidade Valladolid e da empresa GMV, com sede no Parque Tecnológico de Boecillo, que colaboram há dez anos para o desenvolvimento de sistemas incorporados.

 

“Queremos resolver vários problemas relacionados com a extração de energia elétrica do mar. Um deles é buscar automaticamente no fundo do mar qual é o melhor lugar para instalar geradores de eletricidade a partir de marés, correntes ou ventos”, detalha o professor da Universidade de Valladolid, Diego Llanos. Neste sentido, a informática tem um papel chave, já que a busca automática de locais em função de dados geodésicos, por exemplo, tem uma parte de computação intensiva e outra de inteligência artificial. Nesta última parte cooperam três especialistas em inteligência artificial do Departamento de Informática, Berlarmino Pulido, Carlos Alonso e Anibal Bregón.

 

Sistemas incorporados

 

Os investigadores Diego Llanos e Arturo González trabalham na seção de sistemas incorporados, sistemas informáticos de tempo real que são integrados em um sistema de engenharia geral e que realizam funções de controle, processamento ou monitoração. Para o desenvolvimento desses sistemas são usados softwares livres, especificamente Linux, e realizam versões a partir do código de fonte original. “Se trata de ferramentas menores, mais compactas, mais rápidas e específicas para este tipo de plataformas”, asseguram. Até o momento este tipo de sistema foi integrado em frotas de veículos, mas como certificam, podem ser instalados em qualquer outro lugar “como boias ou veículos marinhos” no caso do projeto Lider dos Oceanos. “Estes equipamentos servem não somente para posicionamento, mas também para tratar todo o tipo de sinais e enviar informações à central”, afirma Llanos.

 

Resultados esperados

 

Como resultado geral desta linha de investigação se espera o desenho de tecnologias de conversão de energia oceânica em função das características do local e do recurso oceânico, como a energia das ondas (unimotriz) ou os sistemas híbridos (unimotriz e eólica ou energia das correntes e eólica).

De forma específica, como indicado no projeto, são previstas a avaliação e a caracterização de localizações com potencial para energias renováveis marinhas, o estudo de metodologias a implementar, a classificação dos dispositivos em função das localizações ou o desenho de Unidades Integradas de Geração de Energia Oceânica (Unigeos) em função dos Dispositivos de Aproveitamento de Energias Renováveis Oceânicas (Daero) e de fatores operativos, de segurança, meio ambientais, econômicos, legais e sociais.

 

A previsão é gerar cerca de 35 patentes 
 

Além da busca automática de locais marinhos apropriados para a geração de energia elétrica, o projeto Líder dos Oceanos conta com outras cinco linhas de trabalho. Entre elas se encontra a investigação de novas tecnologias para a obtenção de energia a partir de fontes oceânicas renováveis; o desenvolvimento de sistemas para a distribuição, transporte ou transformação desta energia; a implementação de técnicas de gestão, manutenção e comunicação eficiente com uma base de controle terrestre; a investigação de tecnologias para a operação e segurança, e o estabelecimento de procedimentos para a preservação de recursos, a gestão meio ambiental e as alterações climáticas. 

 

Com base nestas linhas, durante os três anos de duração do projeto se espera gerar cerca de 35 patentes. Sete destes novos desenvolvimentos estão relacionados com a caracterização e monitoração de localidades, nos quais trabalham os investigadores de Valladolid. Também são previstos 17 registros de propriedade intelectual através de modelos de avaliação de localidade e desenhos de Unigeos; modelos de cálculo estrutural e desenho de estruturas, calculo de redes elétricas e modelos de gestão e controle meio ambiental.