Pesquisadores da Universidade Autônoma Metropolitana eliminam poluentes do biogás

Agência ID/DICYT Pesquisadores da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM), unidade Cuajimalpa, desenharam um projeto que ajuda a eliminar substâncias indesejáveis liberadas pelo gás obtido nos aterros sanitários.

O biogás é o resultado da descomposição da matéria orgânica que, devido ao seu alto conteúdo de metano, pode ser utilizado como combustível para produzir eletricidade, explicou o doutor Sergio Revah Moiseev, titular do projeto.

No entanto, o problema do uso deste combustível é que durante a combustão um de seus componentes, o sulfeto de hidrogênio, contém um alto poder corrosivo, e quando queima produz o bióxido de enxofre, precursor da chuva ácida.

Revah Moiseev explicou que existem várias tecnologias microbiológicas para depuração do biogás. “Nos processos este deve ser purificado em uma torre de absorção para logo ser transformado em subprodutos com menor impacto como o enxofre elementar ou o sulfato”.

O também diretor da Divisão de Ciências Naturais e Engenharia da UAM Cuajimalpa explicou que o sulfeto de hidrogênio pode ser encontrado em concentrações de 200 até 10 mil ppm (partes por milhão) na corrente do biogás, dependendo de sua origem.

Como parte do projeto foi construída uma planta piloto de pequena escala, instalada no aterro sanitário de Prados de la Montaña, localizado em Santa Fe, na Cidade do México, a fim de demonstrar a viabilidade da eliminação deste sulfeto do biogás.

O protótipo desenvolvido pela UAM operou durante vários meses até 400 litros por hora; no entanto, o especialista não descarta que possa ser construído um equipamento com maior capacidade para ser utilizado em plantas de tratamento de resíduos sólidos e águas residuais.

Com este desenvolvimento, além de reduzir custos de reparação e manutenção nos motores de co-geração que produzem a energia, também são eliminados componentes que contaminam o meio ambiente.