Pesquisadores da Universidade de León criam uma página de internet com informações sobre o AVC
Cristina G. Pedraz/DICYT O Grupo de Neurobiologia do Instituto de Biomedicina da Universidade de León (Ibiomed) criou uma página de internet informativa sobre o AVC. Conforme explica o diretor do Grupo, Arsenio Fernández López, são poucos os portais em espanhol em toda internet que informam de uma maneira clara a todos os públicos sobre o AVC. Esta razão, unida à importância da doença (nos países industrializados o AVC é a primeira causa de morte entre as mulheres a a segunda entre os homens), levou ao desenvolvimento desta iniciativa.
“É uma página que pretende ajudar pessoas. Foi iniciada no ano passado, considerando que o AVC é uma doença incapacitante e que pode produzir uma dependência importante em casos graves. Desse modo, não apenas é um problema para o paciente, mas também para as famílias no âmbito econômico e sentimental. É um problema muito relevante”, afirma o especialista em declarações a DiCYT.
O Grupo de Neurobiologia pesquisa o AVC desde 2008, em colaboração com a Unidade de AVC do Hospital de León e com grupos científicos internacionais. Todos os membros do Grupo estão envolvidos nesta iniciativa de divulgação, que inclui não apenas informação detalhada sobre o que é o AVC, mas também dos sintomas de um acidente vascular cerebral, dos fatores de risco, conselhos para prevenir o AVC, custo econômico da doença ou dos testes clínicos mais relevantes que estão sendo realizados. Tudo com a finalidade de divulgar, mas fundamentado cientificamente com uma numerosa bibliografia. Uma das partes mais interessantes é a de colaborações, nas qual especialistas de diversas áreas expõem aspectos atuais relativos ao AVC.
Até agora a página recebeu mais de 10.000 visitas de todo o mundo, principalmente de países Ibero-Americanos. Várias empresas e fundações também se uniram à iniciativa. Por outro lado, as ações de divulgação também estão orientadas às redes sociais, com perfis no Facebook e no Twitter.
O que é o AVC?
Conforme o disposto na página da internet, os acidentes vasculares cerebrais agudos originam-se como consequência da redução brusca do aporte sanguíneo cerebral. A maioria dos acidentes vasculares cerebrais (80%) são de tipo isquêmico e ocorrem com a obstrução de alguma artéria. Isto reduz ou interrompe o fluxo de sangue em uma região cerebral. Quando a gravidade da isquemia cerebral enseja uma perda de células irreversível, com lesão destrutiva localizada, denomina-se infarto cerebral. A causa mais comum deste tipo de infarto são os coágulos de sangre. Os demais acidentes vasculares cerebrais (aproximadamente 15%) são de tipo hemorrágico, originados pelo rompimento de um vaso sanguíneo no interior do tecido nervoso (hemorragia intracerebral) ou nas grandes artérias que irrigam o cérebro (hemorragia subaracnóide). A isquemia cerebral é a característica comum das doenças vasculares cerebrais. Define-se como a redução do fluxo sanguíneo a níveis insuficientes para manter o metabolismo e funcionamento normal das células cerebrais.
Os fatores de rsico indicam que o principal risco de AVC é a idade. O risco de AVC é considerado significativo a partir dos 45 anos em homens e dos 55 nas mulheres, aumentando com a idade. Este risco é ainda maior quando existe um histórico familiar de AVC em pais ou irmãos antes dos 55 anos, ou mãe e irmãs antes dos 65 anos. Também é considerado um fator de risco ter sofrido ataques isquêmicos transitórios (mini-AVC), doenças arteriais periféricas, doença da artéria carótida ou anemia de células falciformes.
Na Espanha ocorrem de 120.000 a 130.000 casos aproximadamente por ano e mais da metade dos pacientes morrem ou ficam deficientes. O AVC é a primeira causa de invalidez permanente em adultos e a segunda causa de demência. Os cinco grandes fatores de risco sobre os quais se pode atuar preventivamente são a hipertensão, o tabaco, o sobrepeso, a diabetes e as doenças cardíacas.
Os sinais de alerta e sintomas do acidente vascular cerebral não são exclusivos, mas a forma em que aparecem é característica. Não há sinais de alerta prévios que evoluam com o tempo. Aparecem de modo repentino e sem aviso prévio. Os principais sintomas são debilidade ou insensibilidade repentinas em uma ou ambas partes do corpo, dificuldade repentina para falar ou para compreender uma conversação, estado de confusão, perda repentina de visão em um ou ambos olhos, enjoo repentino, falta de coordenação ou perda de equilíbrio e dor de cabeça intenso, sem causa conhecida.