Tecnología España , Valladolid, Lunes, 18 de junio de 2012 a las 18:16

Programa 3D ajuda no diagn贸stico preciso de TDAH

Sistema desenvolvido 茅 mais preciso que qualquer m茅todo anterior na identifica莽茫o do transtorno que afeta a 6,6% das crian莽as da regi茫o

CGP/DICYT Pesquisadores da clínica Universitária de Navarra e da empresa Nesplora desenvolveram um programa 3D que ajuda o psicólogo ou médico a diagnosticar o Transtorno por Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDA-H) com maior precisão que qualquer método anterior. O sistema, denominado Aula Nesplora, será apresentado nas XII Jornadas da Associação Nacional de Psicólogos Clínicos e Residentes (ANPIR), realizada de 14 a 16 de julho no Centro Cívico Bailarín Vicente Escudero, em Valladolid.

 

Como detalha a neuropsicóloga Yahaira Iriarte, que participou no desenvolvimento da iniciativa, o programa inclui um sensor de movimento e óculos 3D que permitem recriar uma sala de aula na qual a criança deve realizar uma tarefa, com as distrações típicas deste ambiente. Os dados coletados “auxiliam o diagnóstico clínico mais preciso, já que medem parâmetros de atenção de vários tipos e que até agora não tinham sido avaliados por nenhum teste”. Até agora mais de 3.500 crianças foram avaliadas em todo o mundo através deste método, desenvolvido na Espanha por Nesplora e pela clínica Universidade de Navarra.

 

O Transtorno por Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDA-H), está mal identificado, segundo os especialistas, já que “a tendência é etiquetar como hiperativas crianças que são simplesmente distraídas”, afirma Amaia Izquierdo, coordenadora das XII Jornadas da ANPIR realizadas em Valladolid. Segundo ela, “várias vezes as crianças com este transtorno foram infradiagnosticadas, atribuindo-lhes problemas de comportamento ou educação por acreditar que qualquer criança com dificuldades na sala de aula tivesse TDA-H”. Assim, assegura, é necessário procurar um especialista para realizar um diagnóstico.

 

Uma porcentagem de 6,6% das crianças de Castela e Leão com 6 a 16 anos sofre TDAH, segundo um estudo do Hospital San Telmo de Palencia, e de diversos centros de saúde de Palencia e Valladolid. Nele se conclui que 7 de cada 10 crianças com TDAH apresenta algum tipo de transtorno associado (46% ansiedade, 31% transtornos de comportamento, 9% alteração de estado de ânimo, 10% tics e 12% enurese). Por outro lado, verificou-se que as crianças “apresentam significativamente resultados acadêmicos piores e má conduta em sala de aula”.

 

Rejeição social

 

O psicólogo clínico realiza um trabalho importante com estas crianças, adverte Amaia Izquierdo, já que, “além de sofrer fracasso escolar, sofrem muita rejeição social e problemas de auto-estima”. Seus companheiros de sala ou de brincadeiras não costumam aceitar, explica, que, muita vezes, “não respeitem sua vez, que façam a primeira coisa que lhes vêm a cabeça ou que queiram trocar de brincadeira rapidamente”.

 

O protocolo de atenção a crianças com TDA-H em Castela e Leão aconselha que o psicólogo clínico intervenha na detecção dos casos por parte dos pais e professores e no apoio psicológico, e que informe o pediatra, que por sua vez decide se deve mandá-lo ao especialista, segundo a informação proporcionada a DiCYT.

 

A causa exata do TDA-H é desconhecida, comenta Amaia Izquierdo, mas se atribui a fatores ambientais, genéticos e neurobiológicos. O diagnóstico e tratamento na infância evita problemas de adaptação e comportamentos anti-sociais quando adulto.