Ciencia España , Ávila, Martes, 06 de noviembre de 2012 a las 10:20

Universidade de Salamanca publica estudos sobre os danos provocados pelo terremoto Lorca

A institui莽茫o acad锚mica de Salamanca faz parte dos centros que participam de um n煤mero especial do Boletim Geol贸gico e Mineiro sobre o sismo de maio de 2011

JPA/IGME/DICYT O Departamento de Geologia da Universidade de Salamanca participou nas pesquisas reunidas em um número especial do Boletim Geológico e Mineiro dedicado integralmente ao terremoto ocorrido em Lorca (Murcia) em maio de 2011. Esta publicação do Instituto Geológico e Mineiro da Espanha (IGME) possui, nesta ocasião, 12 artigos desenvolvidos por diferentes centros de pesquisa, universidades, instituições, empresas e centros educativos. A Universidade de Salamanca participou em dois deles, o estudo de orientação dos danos e o estudo dos efeitos arquitetônicos.

 

Especificamente, Pablo Silva Barroso, pesquisador do Departamento de Geologia da Escola Politécnica Superior de Ávila, é autor destas duas pesquisas junto com outros especialistas. Em um dos artigos analisa a direção predominante dos danos, de acordo com a publicação que pôde ser visualizada por DiCYT.

 

As direções de máxima deformação deduzidas da interpretação das estruturas mostram uma orientação média Nordeste-Sudeste (NO-SE), que é “praticamente perpendicular à orientação da falha”, enfatiza o artigo, e coincide com outras medidas. A partir desta informação os pesquisadores deduzem que “a presença de diferentes estruturas tectônicas pode induzir variações nas orientações dos danos”. Estas observações servem para determinar e analisar a possível origem sísmica das deformações observadas em uma edificação.

 

Na mesma linha, o segundo artigo que contou com a participação de Pablo Silva Barroso foca-se no Patrimônio Cultural de Lorca. A pesquisa analisa os efeitos arquitetônicos do terremoto, classificando-os e tratando-os com “métodos próprios da análise estrutural geológica” para obter as direções do movimento do terreno responsáveis por sua gênese.

 

Um dos aspectos mais interessantes desta pesquisa é sua comparação com um terremoto que ocorreu em Lorca em 1674, porque seus efeitos são muito similares. Algumas estruturas moveram-se nos dois terremotos, de modo que se deduz que “foram reativadas com o terremoto de 2011”. De acordo com o artigo, isso poderia indicar que foi o mesmo segmento da Falha de Alhama de Murcia (FAM), o Lorca-Totana responsável por ambos terremotos que mostrariam características semelhantes.

 

O conjunto do Boletim Geológico e Mineiro, que já está disponível na internet e que será apresentado oficialmente na próxima terça-feira, 6 de novembro, em Lorca, aporta trabalhos que mostram uma visão multidisciplinar do que é um terremoto e têm uma clara vocação de prevenção e educação contra terremotos.

 

O geólogo da Escola Politécnica de Ávila, Pablo Silva Barroso, é especialista em Geomorfologia e Geofísica e já explicou em ocasiões anteriores como a intensidade de um movimento sísmico se relaciona com os danos que pode causar em função de fatores muito diversos, tanto geológicos como arquitetônicos.